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Jornal: Bolsonaro ganhou esculturas e relógio com diamantes de árabes

Esculturas presenteadas a Jair Bolsonaro por Emirados Árabes Unidos - Reprodução/Jornal O Globo
Esculturas presenteadas a Jair Bolsonaro por Emirados Árabes Unidos Imagem: Reprodução/Jornal O Globo

Do UOL, em São Paulo

05/06/2023 09h56Atualizada em 05/06/2023 11h15

A Polícia Federal investiga cinco presentes dos Emirados Árabes Unidos recebidos por Jair Bolsonaro (PL). Além das joias, o ex-presidente ainda teria ficado com um relógio de mesa cravejado de pedras preciosas, um incensário e três esculturas — uma delas de ouro, prata e diamantes. As informações são do jornal O Globo.

O que aconteceu?

PF pediu mais informações sobre presentes incorporados ao acervo pessoal de Bolsonaro. Os cinco itens na mira da corporação são um relógio de mesa com diamantes, esmeraldas e rubis; três esculturas e um incensário de madeira dourada.

Ex-presidente recebeu os objetos em duas viagens ao país árabe, uma em outubro de 2019 e outra, em novembro de 2021. A Presidência não registrou o valor dos itens.

Peças estão guardadas na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, em Brasília. Bolsonaro enviou nove mil presentes que recebeu enquanto era presidente para um galpão no local.

Investigação acontece após descoberta de joias. Em março, a defesa do ex-presidente devolveu dois conjuntos de joias presenteados pela Arábia Saudita por recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União).

PF investiga se Bolsonaro cometeu peculato, ao tentar desviar bens públicos para patrimônio privado, e crime contra a ordem tributária. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.

Autoridades só podem ficar com presentes de baixo valor monetário ou "uso personalíssimo", de acordo com a Corte. Demais itens devem ser incorporados ao acervo da Presidência, e podem ser usados pelos sucessores enquanto ocuparem o cargo.

Defesa do ex-presidente nega qualquer irregularidade. Em nota enviada ao jornal O Globo, os advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser disseram que o TCU não indicou "os referidos itens, que, como sempre, estiveram à disposição".