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TSE não pode substituir a vontade do povo, diz advogada de Bolsonaro

A advogada Karina Kufa - Reprodução/Instagram
A advogada Karina Kufa Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

21/06/2023 15h34

A advogada Karina Kufa, que defende Jair Bolsonaro (PL) em uma série de ações, mas não na que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começa a julgar amanhã, disse ser contra uma possível declaração de inelegibilidade do ex-presidente, e afirmou que a "Justiça não pode substituir a vontade do povo".

O que ela disse?

"Quando vejo a vontade do povo sendo cassada, reprimida por situações sem provas contundentes ou situações que não são graves, isso preocupa", disse ela em entrevista à GloboNews. "A Justiça Eleitoral não pode substituir a vontade do povo".

Para ela, a reunião de Bolsonaro com os embaixadores "não foi grave". "Não estou dizendo que concordo ou não concordo", disse ela, argumentando que o TSE já desconsiderou "situações mais graves".

A advogada também não considera que o evento tenha sido eleitoral. "Não teve caráter eleitoral, foi para explicar como funciona o processo eleitoral no Brasil", disse. "Vejo a intenção de dar uma resposta institucional a uma reunião institucional".

Bolsonaro é julgado por suposto abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação por ter usado a TV Brasil, uma emissora pública, para transmitir a reunião com embaixadores em que ele questionou a segurança das urnas eletrônicas.

O ex-presidente também atacou pessoalmente ministros do STF durante o encontro. Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes foram citados.

Não há comprovação de fraude no sistema eleitoral brasileiro desde que as urnas eletrônicas começaram a ser utilizadas, em 1996.