Bolsonaro diz estar tranquilo e que no Brasil 'não se pode dizer a verdade'
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornado inelegível após decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou que está com a "consciência tranquila" e comentou que no Brasil "não se pode dizer a verdade".
O que aconteceu:
O político comentou que irá conversar com os advogados para definir os próximos passos em relação à decisão da Corte Eleitoral. A declaração ocorreu quando o ex-mandatário chegou ao aeroporto de Brasília na noite desta sexta-feira (30).
O ex-mandatário questionou a ação movida no TSE pelo PDT e afirmou que toda a população, "menos os petistas de carteirinha", não considera justa a decisão da Corte. Assim como mais cedo, Bolsonaro atacou o TSE por medidas tomadas na campanha eleitoral.
Críticas a Lula e ao Governo Federal. Bolsonaro aproveitou para questionar a motivação e "amor" que uma parte da elite de Brasília teria por Lula (PT) para libertá-lo da prisão em 2019. Ele atacou o atual governo e declarou, sem provas, que a nova gestão deseja "censurar" as redes sociais.
Bolsonaro negou a falar um nome que deseja "passar o bastão" para os próximos pleitos eleitorais. "Eu não morri ainda. Não vou discutir esse assunto", disparou. Ele negou que tenha conversado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Romeu Zema, de Minas Gerais (Novo), cotados para uma possível chapa em 2026.
Michelle Bolsonaro "não tem experiência". O político do PL também respondeu que a ex-primeira-dama "nunca estará à disposição" dele, apesar de ela ter publicado estar "às suas ordens" após a decisão. "Ela tem a vida dela. Se candidatar é um direito dela. Tenho conversado com ela, ela não tem experiência para enfrentar o dia-a-dia de uma política bastante violenta, com o sistema bastante ativo no Brasil. Eleição é outra história."
Por que tanta perseguição? É porque eu não estou morto. Se eu fosse corrupto, tivesse feito um montão de besteira por aí, estaria morto já. Ninguém mais do que eu sou investigado e todo o dia tem matérias ao meu respeito."
Jair Bolsonaro, ex-presidente
A decisão do TSE
O TSE tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, a contar das eleições de 2022. O placar ficou em 5 a 2 contra o ex-mandatário — os ministros Kassio Nunes Marques e Raul Araújo foram contra a inelegibilidade.
Bolsonaro é o terceiro ex-presidente do Brasil a se tornar inelegível após a redemocratização. É ainda o primeiro condenado pelo TSE, que formou maioria entre os ministros com essa decisão.
A ação contra Bolsonaro foi movida pelo PDT e julgada pelo TSE. Os ministros entenderam que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e fez uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. Ele perdeu o pleito para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-presidente fica inelegível por oito anos e, se não houver recursos favoráveis, só voltará a poder disputar uma eleição em 2030.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.