Flavio e Eduardo Bolsonaro defendem Cid: 'Não há mal que dure para sempre'
Filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defenderam o tenente-coronel Mauro Cid, que se manteve em silêncio na CPMI dos atos golpistas. Flávio afirmou que "não há mal que dure para sempre" — se referindo à situação de Cid — e Eduardo falou que se sente "honrado" em dizer que é amigo de Cid e que "não vai dar as costas" ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O que aconteceu
O senador disse que a "extrema esquerda" tenta culpar Cid por tudo que acontece no mundo, incluindo a Guerra na Ucrânia. Ele ressaltou que é preciso a análise da Justiça sobre eventual culpa do tenente-coronel e que faltam "várias instâncias para isso".
Para Flávio, parlamentares tentam usar a ideia de convocar familiares de Cid à CPMI para que ele "invente alguma coisa que satisfaça a gana persecutória deles".
"Eu sei que não precisaria falar isso, mas percebo que o senhor fica abalado. E é assim mesmo que tem que ficar. Porque vindo de quem vêm essas acusações criminosas, caluniosas, o que cabe ao senhor neste momento fazer é manter sua serenidade, sua tranquilidade, sua paciência, e não se deixar cair em tentativas de armadilha", disse.
Quero lamentar os tempos que estamos vivendo e dizer que quem hoje está aplaudindo, amanhã pode chorar. [...] Quero rogar a Deus que siga dando resiliência, muita sabedoria, coragem e equilíbrio para proteger sua família, porque não há mal que dure para sempre
Flávio Bolsonaro
O deputado Eduardo Bolsonaro, por sua vez, disse que a investigação de Cid é um "jogo de cartas marcadas" que "fere o estado de direito". "Muito me honra falar que sou seu amigo, sim. Não vou chegar aqui agora e virar as costas, tratar como leproso, como a esquerda quer. Que Vossa Excelência é vítima de todo esse processo que, na verdade, tenta calar e castrar a opinião política do povo brasileiro", disse.
O tenente-coronel foi convocado na condição de testemunha, mas a defesa argumentou intenção da CPMI de investigá-lo, e o militar decidiu usar o direito de ficar em silêncio para todas as perguntas feitas pelos parlamentares.
'Sobem no caixão de Marielle para fazer política'
Para Flávio Bolsonaro, parlamentares tentam usar Marielle para incriminar Cid, em referência à mensagem enviada a ele pelo major reformado do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros. No texto, o major dizia saber quem era o mandante do assassinato da vereadora, morta em março de 2018.
O senador também afirmou que há políticos que "sobem no caixão" de Marielle Franco, e que a política era "uma pessoa do debate de ideias", com quem ele conversava, sem que houvesse ameaças entre eles.
Respeita pelo menos a família da Marielle. Porque eu tenho certeza que se ela tivesse viva aqui hoje, estaria reprovando esse tipo de atitude da extrema esquerda aqui hoje. Pessoas que sequer conheceram a Marielle, subindo aqui no seu caixão para fazer política, e tentar lacrar.
Flávio Bolsonaro
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