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MPF diz que Bolsonaro é único na ação e nega que investigará seguidores

Após apresentar ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de informação às redes sociais sobre publicações de Bolsonaro contra urnas eletrônicas e o processo eleitoral, o MPF (Ministério Público Federal) esclareceu que apenas o ex-presidente é investigado na ação.

O que aconteceu:

Em comunicado, o MPF afirmou que os seguidores de Bolsonaro não serão investigados, nem terão seus dados expostos.

"O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais", destacou o órgão.

Ainda segundo a nota do MPF, "jamais iria investigar milhões de pessoas, seria até impossível fazer isso. Só há um investigado nesse caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro".

Pedido da PGR

O pedido foi feito ontem pelo vice-procurador-geral da República Carlos Frederico Santos. Ele solicitou ao STF que determine às plataformas digitais que disponibilizem uma lista completa dos seguidores de Jair Bolsonaro, com nomes e dados de identificação.

Ainda, o órgão quer ter acesso às métricas de cada publicação de Bolsonaro em relação ao tema investigado, como visualizações, curtidas, compartilhamentos e comentários.

Bolsonaro é investigado no inquérito que apura os responsáveis pelos atos de vandalismo de 8 de janeiro, quando as sedes dos Poderes da República foram depredados por seus apoiadores, insatisfeitos com o resultado das eleições.

O ex-presidente foi incluído no inquérito por compartilhar um vídeo com fake news sobre o sistema eleitoral do país, dois dias após as manifestações golpistas — posteriormente, ele deletou a postagem.

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Bolsonaro não incitou golpistas, diz defesa

Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro afirmou que o ex-presidente "jamais incitou, induziu ou teve participação em quaisquer atos havidos na Praça dos Três Poderes no dia 8/1".

Quanto ao pedido do MPF para obter detalhes dos seguidores do ex-presidente, a nota expressa "grande preocupação com o exercício da liberdade de pensamento e opinião, que se pretenda requerer aos servidores provedores de redes sociais o envio da lista completa e respectivos dados de identificação de todos os seus seguidores em redes sociais".

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