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Lira diz que Lula escolhe ministros, mas trabalha por 'composição adequada'

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse hoje que cabe ao presidente Lula escolher a formação de seus ministérios, mas ressaltou que trabalha junto ao governo por uma "composição adequada".

O que Lira disse:

Em meio às negociações entre o centrão e Lula, Lira afirmou que cabe ao presidente estabelecer um diálogo republicano com as direções e os líderes partidários. Na semana passada, o petista disse que conversaria com líderes partidários do PP e do Republicanos sobre as trocas ministeriais para acomodar o Centrão.

"À presidência da Câmara dos Deputados cabe, prioritariamente, manter a relação institucional com a Presidência da República para buscar a aprovação de matérias de interesse do país", escreveu.

Continuo trabalhando junto a eles para fazer a composição adequada para o governo obter a necessária sustentação política no Congresso Nacional, conforme diálogo mantido com o presidente da República, após a votação da reforma tributária.
Arthur Lira

Trocas ministeriais

O presidente Lula vai ter de escolher entre diminuir o número de aliados ou de mulheres na Esplanada dos Ministérios em busca de apoio do Centrão no Congresso.

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Desde que fechou a entrada de PP e Republicanos no corpo ministerial, o governo tem tentado resolver um xadrez para não criar problemas com aliados nem quebrar promessas de campanha, mas Lula já aceita que alguma das pontas terá de ficar descoberta.

O presidente tem repetido que não quer diminuir o número de mulheres no alto escalão. A articulação do governo repassou isso para o centrão e busca saídas para que cargos visados, como Esporte, Ciência e Tecnologia e a presidência da Caixa Econômica, se mantenham com comando feminino.

Por outro lado, os governistas tentam evitar que, para agradar o centrão, acabem desagradando aliados. O PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, tem pastas em xeque, assim como membros do próprio PT de Lula e apoiadores antigos.

Lula já entendeu que a conta não fecha e tem ouvido aliados que defendem posições distintas. A decisão deverá ser tomada nas próximas semanas, com a retomada das sessões no Congresso e após reuniões com lideranças do centrão.

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