Conteúdo publicado há 9 meses

CPI do 8/1: Deputados batem boca após convocação de hacker da Vaza Jato

Deputados bateram boca hoje na sessão que aprovou a convocação de Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker da Vaza Jato, para prestar depoimento à CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro.

O que aconteceu

Discussão começou ainda antes dos trabalhos da CPMI começarem. Um dos desentendimentos foi entre a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Em um dos momentos de discussão, Jandira disse que não estava "nem aí" para Nikolas. "E daí? Você fala o que quiser de mim e eu falo que quiser de você", respondeu o deputado. A deputada rebateu, na sequência, que não dirigia a palavra ao colega de Casa.

Deputados tiveram dificuldade para formar acordo para votar convocações. Os parlamentares debateram durante a sessão se os requerimentos deveriam ser analisados em bloco.

Entre os pedidos para convocação estavam o de Delgatti Neto e o do fotógrafo Adriano Machado, de Reuters, que apareceu nas imagens do circuito interno do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Ele estava dentro do prédio a trabalho, fazendo registros fotográficos da invasão.

Ao fim da sessão, os dois acabaram convocados. O requerimento para convocar o hacker foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) e a votação desse pedido foi acertada em reunião acalorada. Enquanto a base governista definiu como "prioridade" a convocação, parlamentares da oposição votaram contra, apesar de concordarem em chamá-lo para depor.

CPI também quebrou sigilos de Cid e Torres

No caso de Cid, as quebras foram de sigilo bancário, fiscal e telefônico. Mensagens encontradas pela PF no celular do militar mostraram que ele teve conversas com o coronel Jean Lawand Júnior sobre um golpe de Estado e que houve a elaboração de um roteiro para a ação. Essa revelação foi feita pela revista Veja.

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Torres, por sua vez, teve um requerimento aprovado apenas para a quebra de sigilo telefônico. O depoimento dele à comissão também foi marcado para a próxima terça-feira (8). Na ocasião dos ataques golpistas que destruíram a Praça dos Três Poderes, ele era secretário de Segurança Pública do DF e estava nos Estados Unidos de férias com a família.

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