CPI do 8/1: Deputados batem boca após convocação de hacker da Vaza Jato
Deputados bateram boca hoje na sessão que aprovou a convocação de Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker da Vaza Jato, para prestar depoimento à CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro.
O que aconteceu
Discussão começou ainda antes dos trabalhos da CPMI começarem. Um dos desentendimentos foi entre a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Em um dos momentos de discussão, Jandira disse que não estava "nem aí" para Nikolas. "E daí? Você fala o que quiser de mim e eu falo que quiser de você", respondeu o deputado. A deputada rebateu, na sequência, que não dirigia a palavra ao colega de Casa.
Deputados tiveram dificuldade para formar acordo para votar convocações. Os parlamentares debateram durante a sessão se os requerimentos deveriam ser analisados em bloco.
Entre os pedidos para convocação estavam o de Delgatti Neto e o do fotógrafo Adriano Machado, de Reuters, que apareceu nas imagens do circuito interno do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Ele estava dentro do prédio a trabalho, fazendo registros fotográficos da invasão.
Ao fim da sessão, os dois acabaram convocados. O requerimento para convocar o hacker foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) e a votação desse pedido foi acertada em reunião acalorada. Enquanto a base governista definiu como "prioridade" a convocação, parlamentares da oposição votaram contra, apesar de concordarem em chamá-lo para depor.
Em PÂNICO com a possível ida do hacker Walter Delgatti na #CPMIdoGolpe, o Chupetinha começou a gritar e causar TUMULTO na comissão do senado.
-- Pedro Rousseff (@p_rousseff) August 3, 2023
Calma, Chupetinha. A casa tá caindo mesmo pic.twitter.com/UUSPGS2Zik
CPI também quebrou sigilos de Cid e Torres
No caso de Cid, as quebras foram de sigilo bancário, fiscal e telefônico. Mensagens encontradas pela PF no celular do militar mostraram que ele teve conversas com o coronel Jean Lawand Júnior sobre um golpe de Estado e que houve a elaboração de um roteiro para a ação. Essa revelação foi feita pela revista Veja.
Torres, por sua vez, teve um requerimento aprovado apenas para a quebra de sigilo telefônico. O depoimento dele à comissão também foi marcado para a próxima terça-feira (8). Na ocasião dos ataques golpistas que destruíram a Praça dos Três Poderes, ele era secretário de Segurança Pública do DF e estava nos Estados Unidos de férias com a família.
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