'Nada escondido': a origem bíblica de nome de operação contra pai de Cid
Sob o nome "Lucas 12:2", uma operação da Polícia Federal cumpre hoje mandados de busca e apreensão nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cesar Barbosa Cid, e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente. A origem do nome da ação é bíblica.
Segundo a própria PF, a alusão é ao versículo 12:2 da Bíblia, que versa sobre não haver nada escondido que não será descoberto.
Veja abaixo o que diz a Bíblia, com os versos anterior e posterior, para fins de contexto:
12:1 - Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
12:2 - Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.
12:3 - Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado.
Quem foi Lucas
Chamado de São Lucas e o Evangelista ele foi, segundo a tradição cristã, o autor do Evangelho de São Lucas e dos Atos dos Apóstolos, do Novo Testamento.
Citado como um médico grego, Lucas é santo padroeiro dos médicos e artistas, na Igreja Católica, sendo celebrado em 18 de outubro.
Lucas é creditado como discípulo dos apóstolos e teria seguido Paulo até seu martírio — sendo um dos cristãos que teria convivido com os 12 apóstolos
O que aconteceu
O objetivo da Operação da PF é investigar desvios de joias e outros bens de valor obtidos pelo ex-ajudante de ordens em viagens oficiais no governo Bolsonaro e sua posterior venda ilegal no exterior.
Barbosa Cid (o filho), preso desde maio, e o tenente do Exército Osmar Crivellati também são alvos de buscas.
Os investigados são suspeitos de usarem a estrutura do governo brasileiro "para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior", informou a PF.
Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, afirmou a polícia.
Os fatos investigados configuram os crimes de peculato e lavagem de dinheiro, conforme a PF.
Nos anos 1970, o hoje general da reserva Lourena Cid foi colega de Bolsonaro na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras).
Ele dirigiu o Departamento de Educação e Cultura do Exército e foi chefe da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em Miami durante o governo do ex-presidente.
10 comentários
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Claudio Lourenço
A casa caiu para essa quadrilha que aderiu ao bolsonarismo golpista (Anderson Torres... a familia Cid... Silvinei... )e muitos outros que já entenderam que fizeram a aposta errada. Agora é aguentar as consequencias e não vão ser os militares pelegos da cúpula das FA que vão conseguir jogar tudo para debaixo do tapete ! Foi-se o tempo que a população admirava os militares. Vão se passar muito tempo para que o antigo respeito seja novamente reconhecido.
Fernando de Aragão Ramalho
A farda do Exército passou de verde-oliva pra verde-cocô.
Marcos Montanheiro
A TV do PT já está ativa via satélite sem precisar de autorização. Em breve a velha imprensa será descartada, inclusive a aquela rede de tv redonda que recebeu 60 milhões.