Conteúdo publicado há 11 meses

PF compartilha investigação sobre caso das joias com FBI, diz TV

A Polícia Federal começou a compartilhar o teor da investigação sobre o desvio de presentes recebidos pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é da GloboNews.

O que aconteceu:

A intenção é que os EUA ajudem a investigar as vendas de joias e relógios no país.

Com a participação na investigação, autoridades policiais norte-americanas devem auxiliar a acionar lojas, vendedores e compradores de joias.

Operação deflagrada hoje tem como alvo Mauro Cid, do pai dele e de Frederick Wassef, advogado que já defendeu Jair Bolsonaro. Os fatos investigados configuram os crimes de peculato e lavagem de dinheiro, conforme a PF.

Vídeo mostra kit de joias

O kit de joias de ouro e diamantes que auxiliares de Jair Bolsonaro (PL) tentaram vender foi registrado em vídeo pela empresa de leilão americana Fortuna. O valor estimado era de US$ 120 mil a US$ 140 mil (entre R$ 588 mil e R$ 686 mil).

As peças eram de "propriedade de um cavalheiro", diz o site do leilão, que ocorreu em 8 de fevereiro deste ano. O lance mínimo era de US$ 50 mil — cerca de R$ 245 mil.

Não houve interessados. O vídeo teve menos de 30 visualizações antes da operação deflagrada hoje pela PF.

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A investigação

Em operação batizada de Lucas 12:2, a Polícia Federal cumpriu hoje mandados de busca e apreensão nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cesar Barbosa Cid, e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente.

Os investigados são suspeitos de usar a estrutura do governo brasileiro "para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior", informou a PF.

Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal dentro do chamado inquérito das milícias digitais e são cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ).

Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados.

Procurada, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid e do seu pai, o general Cid, não se manifestou sobre o caso.

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