Conteúdo publicado há 8 meses

Deputado: PL contra união homoafetiva não é conservadorismo, mas fanatismo

Em entrevista ao UOL News, o deputado federal e pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) afirmou que o projeto de lei que pretende proibir o casamento homoafetivo no Brasil "não é conservadorismo, mas fanatismo".

Usaremos os mecanismos regimentais de obstrução e pediremos vista para que ele saia de pauta. É um retrocesso absurdo. Nem chamaria de conservadorismo. É fanatismo, extremismo religioso. É outra vibração. Essa moralidade abstrata, impondo-se ao conjunto da sociedade, já justificou mulheres não votarem e que pessoas negras eram inferiores e poderiam ser escravizadas. É a mesma lógica mental. Isso tem cheiro de fascismo.
Pastor Henrique Vieira, deputado federal (PSOL-RJ)

Vieira condenou o projeto de lei, que será apreciado hoje por uma comissão na Câmara, e disse que ele reforça a cultura do ódio contra homossexuais no Brasil. O deputado federal explicou que houve uma apropriação e deturpação da ideia original, mudando o que seria uma discussão sobre direitos para se tornar palco de um fanatismo religioso.

Isso é violento e chama a atenção da sociedade brasileira. É a mesma lógica que, historicamente, massacrou grupos em nome de uma moralidade. A cada 32 horas, um homossexual é assassinado no Brasil por motivo de ódio. Daí vem um projeto desse que só amplia a margem de desproteção, vulnerabilidade e hostilidade contra essas pessoas, dignas de todo o respeito e reconhecimento.
Pastor Henrique Vieira, deputado federal (PSOL-RJ)

O projeto de lei original, que versava sobre direitos dos cônjuges em um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, é de autoria de Clodovil Hernandez, apresentador e deputado federal que morreu em 2009.

A relatoria passou para as mãos do Pastor Eurico (PL-PE), que alterou a proposta de Clodovil e a transformou em um texto que proíbe equiparar a união homoafetiva ao casamento.

Ciclone afetou diretamente quase 19 mil pessoas no RS, diz vice-governador

Gabriel Souza (MDB), vice-governador do Rio Grande do Sul, disse que a passagem do ciclone que devastou diversas cidades no estado afetou diretamente quase 19 mil pessoas. Ele relatou que pelo menos dez cidades gaúchas, principalmente na região do Vale do Taquari, estão com algumas partes ou completamente isoladas.

O número de desabrigados e desalojados está crescendo cada vez mais. Pelas informações oficiais, são quase 19 mil pessoas afetadas diretamente pela intempérie climática. Além disso, pontes caíram, estradas foram interrompidas e, com isso, todo o estado está sendo prejudicado de alguma forma devido à dificuldade de se locomover e de acesso aos locais.
Gabriel Souza (MDB), vice-governador do Rio Grande do Sul

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Josias: Resta saber qual volume de lama Cid está disposto a devolver a Bolsonaro

Ao analisar o desabafo de Mauro Cid a Fábio Wajngarten de que Jair Bolsonaro o arrastava para a lama, Josias de Souza considerou que o ex-ajudante de ordens tem nas mãos a chance de "retribuir" o isolamento que o ex-presidente lhe reservou. Para o colunista, fica a dúvida sobre o quanto Cid está disposto a envolver Bolsonaro nas investigações da Polícia Federal.

Cid reconheceu, no escurinho do WhatsApp, que o Bolsonaro o estava arrastando para a lama, mas já era muito tarde. Com lodo na altura do nariz, passou a acompanhar da cela a desfaçatez do ex-chefe dele. Bolsonaro nunca hesitou em arrastar para o lamaçal quem estivesse a sua volta, civil ou militar. Diante desta percepção tardia do Cid, resta saber qual é o volume de lodo que ele está disposto a devolver ao Bolsonaro.
Josias de Souza, colunista do UOL

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