Da Índia, Janja diz que alegria não é falta de empatia com situação do RS

Criticados por não visitarem o local dos temporais no sul do país, que mataram mais de 40 pessoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja Silva, passaram a dar explicações sobre a ausência. Neste sábado (9), a primeira-dama escreveu em uma rede social: "Meu sorriso e minha alegria nunca significarão falta de empatia e solidariedade pelo próximo."

O que aconteceu?

Chuvas e temporais mataram mais de 40 pessoas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina desde o início da semana, além de desalojar de desabrigar moradores.
Na quarta-feira (6), o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes (PDT), visitou a região "por determinação do presidente" Lula, de acordo com comunicado do ministério.
Na quinta-feira (7) Lula viajou com Janja para a Índia, para a reunião do G-20 e não foi ao Rio Grande do Sul
Ao chegar na Índia, Janja publicou um vídeo dizendo "Me segura que eu já vou sair dançando". Ela apagou as imagens instantes depois com a má repercussão.

Oposição critica Lula

A oposição criticou a ausência de Lula. "Simplesmente se lixando para o povo brasileiro", disse o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O colunista do UOL Leonardo Sakamoto comparou a ausência de Lula ao Rio Grande do Sul à atitude de Jair Bolsonaro quando não foi visitar o local dos temporais na Bahia,

Enquanto as pessoas morriam no sul da Bahia, Bolsonaro estava se divertindo na praia. (...) Quando a gente criticava Bolsonaro por desaparecer em horas de responsabilidade, era exatamente isso. A gente deve criticar o presidente Lula porque ele deveria ter participado. (...) A presença do presidente da República em um local de catástrofe mobiliza a estrutura do poder público para poder dar resposta e reação mais rápidas. A presença física do presidente mostra aos seus subordinados e todos os entes públicos que o foco é aquele.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Lula aumenta comentários sobre o tema

Sem botar o pé no sul, Lula recorreu à internet, a seus ministros e ao próprio G-20.
Neste sábado (9), na reunião do G-20 na Índia, Lula citou os temporais no Sul como fenômeno das mudanças climáticas.
Na sexta-feira (8), o governo fez uma reunião com o presidente em exercício, Geraldo Alckimin (PSB), e decidiu conceder uma ajuda de R$ 800 para cada vítima dos temporais.
Ainda na sexta, depois da enxurrada de críticas, Lula publicou três textos sobre o assunto em uma rede social. "Orientei o governo a estar de prontidão. Prontamente, o Geraldo Alckmin, os ministros e ministras do nosso governo formaram um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul", escreveu numa das mensagens
No dia 7 de Setembro, Lula não tocou no tema.
Na quarta-feira (6), houve uma mensagem. No mesmo dia em que mandou o ministro da Integração ao sul, o presidente divulgou que havia conversado com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB)
Na terça-feira (5), Lula divulgou três textos sobre o assunto. "Queria prestar minha solidariedade a população do Rio Grande do Sul, que está vivendo as fortes chuvas que já causaram a morte de ao menos quatro pessoas."

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