Conteúdo publicado há 6 meses

Em meio a ataques no Rio, Gleisi diz que Castro comemora chacinas

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez críticas hoje ao governador Cláudio Castro (PL) após uma noite de ataques no Rio.

O que aconteceu:

Gleisi afirmou que a decisão de Castro de extinguir a Secretaria de Segurança "piorou a atuação policial já sofrível no combate ao crime no Rio".

Ela diz que Castro "comemorou chacinas nas comunidades" e não poupou críticas a outros nomes da direita. "Com Bolsonaro, Witzel e Cláudio Castro, 1,7 milhão de pessoas estão sob os milicianos".

Witzel falava "atira na cabecinha", Castro comemora chacinas nas comunidades e a família Bolsonaro cuidou de fortalecer as milícias e a ocupação dos territórios do Rio pelo crime organizado adulando bandidos e liberando armas.
Gleisi Hoffman no X (antigo Twitter)

Ela ainda diz que "na sombra de Bolsonaro", a milícia cresceu 387% no Rio entre 2019 e 2021.

O Rio viveu uma noite de violência ontem após a morte de um miliciano da zona oeste. Pelo menos 35 ônibus e um trem foram incendiados. Também houve a interdição de vias.

Foram queimados 20 ônibus, cinco BRTs e veículos de turismo e fretamento. É o maior número de ônibus queimados em um único dia na história da capital fluminense, segundo informou a Rio Ônibus ao UOL.

Milícia é problema do Brasil, diz Castro

Seis das doze pessoas detidas ontem após uma série de incêndios continuam presas e serão indiciadas por terrorismo, afirmou hoje Cláudio Castro (PL) em entrevista.

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O governador também afirmou que milicianos de pelo menos 12 estados diferentes estão alocados no Rio de Janeiro, o que, segundo ele, mostra que o problema com a violência não é do estado, e sim do Brasil.

Está muito claro que esse não é mais um problema do Rio de Janeiro. Esse é um problema do Brasil. Não são mais organizações criminosas pontuais que estão aqui ou ali. Hoje são verdadeiras máfias que estão alastradas pelo Brasil inteiro. Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, a gente está vendo isso se alastrar a cada dia.
Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro

Morte de miliciano

O miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido pelos apelidos Teteu e Faustão, morreu
O miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido pelos apelidos Teteu e Faustão, morreu Imagem: Reprodução

O miliciano que morreu foi identificado como Matheus da Silva Rezende, conhecido pelos apelidos Teteu e Faustão.

Matheus é sobrinho de Luis Antonio da Silva Braga, ou "Zinho", o número 1 da maior milícia do Rio, que atua na zona oeste. Zinho herdou o comando da organização após a morte do seu irmão, o Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 2021.

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Matheus foi morto na manhã de segunda-feira (23) em suposta troca de tiros com a Polícia Civil durante uma operação na região de Três Pontes, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. A ação teve o apoio da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), grupo de elite da Polícia Civil do Rio, Polinter e unidades especializadas, segundo o jornal O Globo.

"Teteu" é apontado em investigações, segundo o jornal, como o principal homem de guerra de Zinho na disputa de territórios contra os rivais. Ele seria o responsável por chefiar as rondas feitas pela milícia do tio dentro da zona oeste.

Na operação em que Teteu morreu, uma criança de dez anos foi atingida de raspão na perna por uma bala perdida. Não há informações sobre o estado de saúde dela.

Matheus era considerado pela polícia como o segundo homem na atual hierarquia da maior milícia do Rio, comandada pelo seu tio.

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