Esse conteúdo é antigo

Mendonça nega monocraticamente ação contra Bolsonaro por compra de imóveis

André Mendonça, do STF, negou ação contra Jair Bolsonaro (PL), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela compra de imóveis com dinheiro vivo.

O que aconteceu

O ministro barrou a ação em decisão monocrática. Mendonça disse que petição do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) não apresentou provas "minimamente aceitáveis". Para ele, há "insuficiência de elementos mínimos para a instauração de persecução penal".

Mendonça afirmou que pedido de investigação não traz indicativo de que Bolsonaro comprou imóveis pessoalmente. Segundo o ministro, também não houve apontamento de irregularidade.

Clã Bolsonaro comprou 25 imóveis com dinheiro vivo

Ação foi protocolada com base em reportagem do UOL. A matéria mostra que ao menos 25 imóveis do clã Bolsonaro foram objeto de investigação dos ministérios públicos do Rio e do DF. Entre essas propriedades estão a casa do ex-presidente no condomínio Vivendas da Barra, no Rio, e a mansão comprada por Flávio em Brasília.

Mendonça disse que apuração é um "conjunto de ilações" e a caracterizou como "sensacionalista". "Não se pode ignorar, ademais, o contexto político-eleitoral com que tal matéria veio a lume, ostentando grau de sensacionalismo superior ao seu efetivo conteúdo", afirmou.

Procurada pelo UOL, a defesa de Bolsonaro disse que não iria se manifestar. A reportagem também entrou em contato com Flávio e Eduardo. Em caso de manifestação, esse texto será atualizado.

Senado vota hoje PEC contra decisões monocráticas

O Senado pode aprovar hoje a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita as decisões monocráticas de ministros do STF. O texto, datado de 2021, foi resgatado após tensão entre a Casa e a Corte e dá andamento a uma ofensiva dos congressistas contra o Supremo.

Continua após a publicidade

Serão proibidas as decisões individuais para suspender leis com efeitos gerais para suspender atos de chefes de Poderes. Logo, ele vale para medidas dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da República, Lula (PT).

Proposta tem o apoio do Centrão e de bolsonaristas. O governo Lula ainda não tem um posicionamento oficial sobre a proposta. Algumas lideranças governistas já sinalizaram, contudo, que serão contrárias à matéria. É o caso do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e do líder do PSD, senador Otto Alencar (BA).

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou a proposta por unanimidade em menos de um minuto. A votação ocorreu no mês passado, em sessão conduzida pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Deixe seu comentário

Só para assinantes