PRF entrega novo plano de formação de agentes após pedido de Flávio Dino
A Polícia Rodoviária Federal atualizou sua matriz de fundamentos após pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino.
O que aconteceu
Agentes vão aprender sobre direitos humanos, uso proporcional da força, combate ao racismo e à LGBTQIAfobia. Outros temas que serão abordados na formação são: direitos de pessoas com deficiências, equidade de gênero, proteção à pessoa idosa, trabalho escravo contemporâneo e povos originários.
A corporação anunciou as mudanças na matriz como sendo "mais uma etapa do processo de mudança de doutrina adotada na formação, capacitação e especialização de policiais rodoviários federais".
A nova matriz põe como objetivo "fomentar a cultura do cuidado, da mediação, da cidadania e dos direitos humanos na atuação da PRF", e propõe que os policiais desenvolvam "fortalecimento do poder decisório" e "capacidade de abstração".
O documento foi redigido a pedido do ministro da Justiça e futuro ministro do STF, Flávio Dino. O UOL entrou em contato com o Ministério da Justiça para confirmar o recebimento do documento e checar se a pasta queria se pronunciar, mas não obteve retorno. Se houver resposta, o texto será atualizado.
Morte de Genivaldo. Em 2022, Genivaldo de Jesus Santos morreu após ser colocado por três agentes da PRF em uma câmara de gás improvisada no porta-malas de viatura. Em agosto deste ano, Dino assinou a demissão dos agentes envolvidos.
Antes da morte de Genivaldo, a PRF havia diminuído carga de direitos humanos do curso de formação de agentes. À época, a corporação escreveu que "a disciplina de Direitos Humanos e Integridade - DHI teve a carga horária suprimida. Os encontros presenciais foram suprimidos e temáticas abordadas em sala serão trabalhadas de maneira transversal por todas as demais disciplinas".
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