Conteúdo publicado há 11 meses

Moro chama acusações de Tony Garcia de 'fantasias confusas de um criminoso'

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) classificou as acusações do ex-deputado e empresário Tony Garcia contra ele como "fantasias confusas de um criminoso condenado".

O que aconteceu

Moro escreveu hoje no X que não teme "qualquer investigação". "Pois sempre agi com correção e com base na lei para combater o crime".

O ex-juiz da Lava Jato ainda criticou a abertura do inquérito sobre fatos que aconteceram há quase 20 anos. "E ao qual minha defesa não teve acesso, com base nas fantasias confusas de um criminoso condenado e sem elementos que as suportem".

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura da investigação. Ele quer apurar se Moro cometeu abusos no acordo de colaboração premiada do ex-deputado estadual do Paraná e empresário Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia.

O inquérito foi autorizado no dia 19 de dezembro. O despacho de Toffoli é sigiloso e aparece após pareceres da PGR (Procuradoria-Geral da República) e da PF (Polícia Federal) defendendo a investigação do caso.

O que diz Tony Garcia

O caso mira irregularidades no acordo de delação fechado por Garcia no caso Banestado. Em três depoimentos, dados entre agosto e setembro, Tony Garcia afirmou que sua delação se tornou um "instrumento de chantagem" na mão de Moro, com objetivo de investigar políticos e empresários de destaque.

Ele relatou que gravava autoridades a pedido de procuradores e do ex-juiz para cumprir o acordo, firmado em 2004 no caso Banestado, anterior à Lava Jato. De acordo com a PF, a narrativa de Tony Garcia foi "longa, detalhista e por vezes confusa", mas atribuiu aspectos "potencialmente criminosos" envolvendo agentes públicos da Lava Jato.

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Ex-parlamentar se encontrava com suposto agente da Abin. Em um dos relatos, Tony Garcia afirmou que Moro o orientou a procurar um homem chamado "Wagner" que se dizia agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Segundo o ex-deputado, as reuniões ocorreram "umas sessenta vezes".

Garcia relatou que entregava número de telefones de pessoas a serem investigadas. "Tony Garcia alegou que, em determinadas ocasiões, a pessoa que se apresentou como Wagner reproduzia trechos de áudios de telefonemas interceptados, para que o declarante esclarecesse o contexto dos diálogos", mencionou a PGR.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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