Conteúdo publicado há 3 meses

'Abin paralela' monitorou auxiliar de campanha de Ciro Gomes, diz site

Um auxiliar da campanha presidencial de Ciro Gomes (PDT) foi monitorado pela "Abin paralela".

O que aconteceu

O esquema que monitorava adversários de Jair Bolsonaro (PL) rastreou o celular de José Vitor de Castro Imafuku. As informações são do site Metrópoles baseadas em relatório da PF.

Em 2021, Imafuku ajudou a organizar manifestações que pediam o impeachment de Bolsonaro. Ele esteve em duas reuniões com o MBL (Movimento Brasil Livre) para negociar a participação de Ciro nos atos.

No ano seguinte, ele trabalhou na campanha presidencial de Ciro Gomes. Ele é atual secretário-adjunto do diretório municipal do PDT em São Paulo e assessor da CBS (Central dos Sindicatos Brasileiros).

Imafuku diz que recebeu a notícia do monitoramento da Abin com indignação. "Tenho orgulho de atuar no movimento sindical ao lado dos movimentos populares e das lutas da juventude. A notícia só reforça o uso das estruturas do Estado no governo Bolsonaro para intimidar e perseguir quem ousou lutar contra o projeto neoliberal e autoritário", disse em nota ao UOL.

Entenda a operação sobre a "Abin paralela"

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na segunda-feira (29) contra pessoas do núcleo político que receberam informações da "Abin paralela". Segundo as investigações, a Abin foi usada durante o governo de Jair Bolsonaro para espionar adversários políticos.

Um dos alvos foi Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente. A busca e apreensão foi autorizada na casa de Carlos e no seu gabinete na Câmara Municipal do Rio, e também em uma casa em Angra dos Reis, onde Carlos estava com a família, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro

Segundo as investigações da PF, Carlos Bolsonaro recebia informações sobre inquéritos em andamento, inclusive da PF. Os agentes também investigam se a Abin produzia dossiês para atender aos interesses de Carlos.

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Ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem já tinha sido alvo de buscas. Aparelhos antigos da Agência Brasileira de Inteligência foram encontrados em endereços ligados ao hoje deputado federal.

A lista de nomes monitorados ilegalmente pela Abin ainda não foi divulgada. Na quarta (31), o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, pediu ao STF acesso à lista de parlamentares que foram espionados.

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