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Reinaldo: Bolsonaro tenta adiar depoimento só para criar barulho político

O colunista do UOL Reinaldo Azevedo afirmou durante o programa Olha Aqui! que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenta criar um "barulho político" ao tentar adiar seu depoimento para a Polícia Federal (PF).

A história de querer adiar porque não teve acesso a totalidade do inquérito é bobagem porque a totalidade nunca se terá mesmo. Uma parte da investigação é sigilosa e assim permanece e eles sabem disso. Isso é só uma desculpa e também uma maneira de tentar criar um certo barulho político em torno disso, porque não havendo adiamento podem dizer que mais uma vez Bolsonaro foi perseguido. Reinaldo Azevedo

A PF intimou Bolsonaro a depor no próximo dia 22 a respeito da tentativa de golpe de Estado, mas a colunista do UOL Carla Araújo apurou que a defesa do ex-presidente deve pedir para que o depoimento seja adiado. A justificativa seria de que a defesa de Bolsonaro não teve acesso a todo o material do processo.

Reinaldo também destacou que o depoimento não deve ser adiado e que o ex-presidente tenta remarcar o depoimento para depois do dia 25 de fevereiro, data em que marcou uma manifestação com seus apoiadores.

Não deve ser adiado porque esse depoimento faz parte do roteiro natural da apuração, e se Bolsonaro marcou uma manifestação para o dia 25, a Justiça não tem nada com isso, a Polícia Federal não tem nada com isso e os órgãos de investigação e apuração não tem nada com isso. (...) vão dizer que Bolsonaro foi perseguido e nós conhecemos essa tática dos bolsonaristas que é transformar uma investigação legítima, que segue os parâmetros da lei, em uma arbitrariedade. É a razão de ser do evento do dia 25, o evento é só uma manifestação golpista por outros meios. Não tem nada de novo nisso em relação aquilo que o bolsonarismo sempre fez com a Justiça. Reinaldo Azevedo

Por fim, o colunista do UOL afirmou que Bolsonaro tenta se colocar acima da lei e reiterou que o ato convocado pelo ex-presidente é golpista.

Esse ato é uma contestação ao Supremo e ao poder, então esse ato já nasce com uma marca golpista e, portanto, qualquer deslize ali, seja daqueles que estiverem no palanque, convocando o ato ou daqueles que vão comparecer, corre o risco de produzirem um resultado criminoso de fato, porque criminoso na intenção já é. É uma tentativa de impedir um poder de se exercer e o próprio Bolsonaro dizendo que tem que estar acima da lei e não pode ficar subordinado ao Supremo. Reinaldo Azevedo

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O Olha Aqui! vai ao ar às segundas, quartas e quintas, às 13h.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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