Vice-governador de MG é vaiado em evento, e Lula pede respeito ao público

Simões agradeceu ao presidente. Em tom elogioso, falou dos anúncios feitos por Lula no estado e disse que conta com o petista para ajudar na resolução da dívida de Minas Gerais. O presidente ficou em pé ao seu lado durante toda a fala

Essa tem sido uma postura comum nas constantes manifestações contrárias em palanques pelo país. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi vaiado em um evento do governo em Maceió, e o governador Cláudio Castro (União), em situação semelhante no Rio. Lula interveio nas duas vezes.

Além de pedir educação, Lula argumenta que este é o preço de governar. Ele lembra que o PT, mesmo com a segunda maior bancada da Câmara, não tem maioria e ele precisa fazer alianças. "Nunca permiti que um convidado meu seja mal tratado", disse, em entrevista a uma rádio mineira, talvez prevendo possível incidentes.

Ausência de Zema

Lula está em Minas Gerais desde ontem, para eventos em Contagem, Belo Horizonte e Juiz de Fora. O governador Romeu Zema foi convidado a participar das agendas, mas alegou outros compromissos e recusou. Amanhã (29), Lula parte para São Paulo e, no domingo (30), vai ao Rio de Janeiro.

Simões já tinha participado do evento de ontem em Contagem, na região metropolitana de BH, mas não falou. Zema participa de eventos e lançamentos no norte do estado. "Não vou falar mal [do Zema], porque não conheço, vou dizer que tem uma relação civilizada", disse o presidente quando questionado sobre o governador.

Além das vaias, o evento de hoje teve ainda contornos eleitorais. Com a presença do deputado Rogério Correia (PT-MG), pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte, o público gritou "Lula lá, Rogério em BH" diversas vezes.