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Campanha pelo diagnóstico precoce da hepatite C ilumina o Cristo Redentor

Isabela Vieira

Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro

19/05/2012 19h46

Para alertar a população sobre os riscos da hepatite C e a necessidade de se buscar um diagnóstico precoce, um dos símbolos do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, receberá na noite deste sábado (19) uma iluminação diferente, em amarelo e vermelho. No Dia Nacional de Luta contra as Hepatites Virais, a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite, alerta que, dos cerca de 3 milhões de brasileiros portadores de algum tipo de hepatite viral, apenas 5% sabem que estão doentes.

"Essas pessoas estão caminhando para consequências gravíssimas de saúde e não têm oportunidade de se tratar", disse o presidente da associação, Humberto Silva. Ele explica que a doença é silenciosa, não apresenta sintomas no estágio inicial. Porém, os casos podem evoluir para insuficiência hepática, cirrose ou câncer de fígado. E levar o paciente à morte.

O contágio da hepatite C se dá por meio sanguíneo, principalmente em transfusões. Mas o uso de materiais não esterilizados por dentista, manicures e tatuadores não é mito. O compartilhamento de lâminas de barbear e de depilar, de seringas, de escovas de dentes, além do contato sexual sem proteção também favorecem a transmissão da doença, para a qual não existe vacina.

Já a detecção pode ser feita por exame de sangue em qualquer unidade do Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento é feito com remédios e dura, em média, um ano."A doença é completamente tratável, mas o problema permanece sendo a falta de diagnóstico", reforçou Silva.

A iluminação do Cristo Redentor marca o início da campanha de prevenção das  hepatites virais no país. Até o dia 26 de maio, organizações ligadas à causa oferecerão testes rápidos e gratuitos, semelhantes aos da diabetes.