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Casos e mortes em SP aumentam, mas menos da metade dos moradores se isola

Plataforma da estação Brás da CPTM lotada após desembarque  - Marcelo Oliveira/UOL
Plataforma da estação Brás da CPTM lotada após desembarque Imagem: Marcelo Oliveira/UOL

Do UOL, em São Paulo

16/05/2020 14h33

O índice de isolamento social no estado de São Paulo permaneceu ontem abaixo de 50%, mesmo com o aumento de casos confirmados e mortes por conta do novo coronavírus. O estado acumula mais de 58 mil casos de covid-19 e tem 4.501 vítimas da doença, com letalidade de 7,7% (maior que a média nacional, que está em 6,8%). Desde a última segunda (11), o índice varia entre 47% e 48%.

Mais de 450 municípios do estado registraram casos da doença, e, depois da capital, as cidades da região metropolitana aparecem com os maiores números relacionados ao coronavírus. Osasco, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Santo André ocupam os lugares no topo do ranking de casos confirmados; Osasco tem a maior letalidade entre estas cidades. Lá, morrem 11,9% das pessoas que se contaminam com a covid-19.

Já na capital o índice ficou um pouco acima (48%), mas longe das expectativas da Prefeitura. O número é sinal de que o rodízio implementado pela gestão de Bruno Covas não surtiu o efeito necessário. Hoje, o UOL mostrou que 1,5 milhão de pessoas ficaram em casa por conta do novo rodízio, mas houve incremento de usuários do transporte público e, consequentemente, aglomerações.

Nesta semana, a demanda de usuários aumentou em 12% na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e 8% no Metrô, na comparação com a semana anterior.

"Desde 4 de maio, existe um decreto-lei. Objetivamente, o cidadão que estiver a caminho do transporte público, tem que estar de máscara. Quando ele estiver na catraca do metrô, da CPTM, será proibido de entrar [se estiver sem máscara]. No ônibus, também será impedida a entrada sem máscaras", afirmou ontem Alexandre Baldy, secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, no UOL Entrevista de ontem.

Na quinta (14), a Defensoria Pública de São Paulo enviou ofícios à prefeitura manifestando preocupação com imagens de ônibus lotados na cidade após a implantação do novo rodízio. O órgão pediu dados sobre possíveis impactos causados pela restrição mais rigorosa da circulação de veículos.