Pazuello quer vacinas suficientes para 33% do AM até março, diz governador
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou hoje que o estado pode receber doses suficientes para vacinar 33% da população contra a covid-19 até março. Segundo ele, a articulação está sendo feita pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que apresentou uma proposta para a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária e ao PNI (Plano Nacional de Imunização).
"Acabei de saber que o Ministério da Saúde vai submeter ao PNI a proposta para que a vacinação contra covid-19 no Amazonas alcance logo 1/3 da nossa população. Esse foi um dos assuntos que tratei pessoalmente com o ministro Pazuello, na sua última vinda ao estado", comemorou Wilson Lima nas redes sociais.
Pazuello passou a última semana no Amazonas, estado que enfrenta crise de infecções por causa do novo coronavírus e falta de oxigênio e outros insumos nos hospitais.
"É preciso pactuar isso no SUS, e também ter a anuência dos demais governadores. É um sentimento generalizado no Brasil de que é preciso resolver o problema no Amazonas, conter a nova cepa, para que ela não se espalhe rapidamente no Brasil", explicou o assessor especial da Saúde, Aírton Soligo, segundo o governo do Amazonas.
O percentual de 33% representa mais de 1,3 milhão de pessoas. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população do Amazonas é estimada em cerca de 4 milhões.
Conduta de Pazuello na crise é investigada
Anteontem, a PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu uma investigação preliminar para analisar a conduta do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na crise de saúde enfrentada pelo Amazonas e pelo Pará durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão segue um pedido do PCdoB, protocolado em 21 de janeiro, para que Bolsonaro e Pazuello sejam investigados e responsabilizados.
O ministro Pazuello já é investigado pela Polícia Federal pelo colapso de saúde no Amazonas. A determinação é do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que ressaltou que o objetivo é apurar se houve omissão no enfrentamento da crise provocada pela falta de oxigênio hospitalar para atender pacientes internados com covid-19 em Manaus.
Na tarde de ontem, Pazuello prestou depoimento por 4 horas sobre o caso. Ele nega a omissão e já declarou ter feito de tudo para evitar a crise. Segundo o ministro, cabe ao Ministério da Saúde apenas apoiar as ações de prefeitos e governadores. O gabinete do advogado-geral da União, José Levi, acompanha o caso de perto.
O Senado Federal também vai convidar Pazuello para explicar o caos sanitário instalado no Brasil por conta da pandemia do novo coronavírus.
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