Covid: Após pior semana, Brasil tem 331 mil mortos e quase 13 mi infectados
Depois de passar pela pior semana desde o início da pandemia, o Brasil ultrapassou 331.000 mortos e se aproxima dos 13 milhões de infectados por covid-19 neste domingo (4). Com 1.233 óbitos registrados nas últimas 24h, o país apresenta uma média de 2.747 mortes nos últimos sete dias. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Os dados representam uma baixa em relação aos dias anteriores, o que já é esperado. Há uma queda histórica do registro de casos e mortes durante finais de semana e feriados por conta do esquema de plantão nas secretarias. Mesmo assim, o país atingiu 331.530 mortos e 12.983.560 infectados pela doença.
Na última semana, antes do feriado, o país registrou seguidamente altas históricas nos números de óbitos, chegando ter, em média, mais de 3 mil pessoas mortas por dia num intervalo de 7 dias.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, que acompanha a evolução da pandemia, só os Estados Unidos, com quase 555.000 mortos, tive mais óbitos por covid que o Brasil. Apenas em 2021, mais brasileiros morreram por conta da infecção do que o número de vítimas no Reino Unido em toda a pandemia.
Nas últimas 24 horas, foram registrados 30.939 novos casos de covid-19. Os dados não indicam quando as mortes e a confirmação dos casos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases de dados dos estados.
A pandemia nos estados
Três regiões do país apresentam números em aceleração: Centro-Oeste (21%), Nordeste (16%) e Sudeste (54%), enquanto Norte (-11%) se manteve estável e Sul (-16%) apresentou queda. No geral, o Brasil apresenta aceleração de 20% na variação de 14 dias.
São 13 estados e o DF com alta nos registros, enquanto nove apresentam estabilidade e outros quatro estão em queda. Neste domingo, só São Paulo (120) e Minas Gerais (270) registraram mais de cem mortes em 24h.
Dados da Saúde
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 1.240 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 331.433 óbitos provocados pela doença.
Apesar da queda em relação aos últimos dois dias, o país segue apresentando mais de 1.000 mortes diárias. Esta semana tem sido recorde: o pior dia, com 3.869 óbitos, foi verificado na última quarta (31), já a terça-feira (30) apresentou a segunda marca mais alta (3.780).
De ontem para hoje, pelos números da pasta, 31.359 casos confirmados de covid-19 no país. O total de infectados subiu para 12.984.956 desde março de 2020, dos quais 11.357.521 pessoas se recuperaram, com outras 1.296.002 ainda estão em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (67%)
- Minas Gerais: aceleração (44%)
- Rio de Janeiro: aceleração (85%)
- São Paulo: aceleração (49%)
Região Norte
- Acre: estável (-8%)
- Amazonas: queda (-51%)
- Amapá: aceleração (37%)
- Pará: estabilidade (3%)
- Rondônia: estabilidade (-8%)
- Roraima: estabilidade (-13%)
- Tocantins: estabilidade (7%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (8%)
- Bahia: estabilidade (-15%)
- Ceará: aceleração (60%)
- Maranhão: aceleração (33%)
- Paraíba:aceleração (28%)
- Pernambuco: aceleração (29%)
- Piauí: aceleração (34%)
- Rio Grande do Norte: estabilidade (-6%)
- Sergipe: estabilidade (3%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (80%)
- Goiás: estável (-16%)
- Mato Grosso: aceleração (31%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (58%)
Região Sul
- Paraná: queda (-17%)
- Rio Grande do Sul: queda (-18%)
- Santa Catarina: estabilidade (-11%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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