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SP teve redução de 60% na circulação de pessoas no feriadão, diz secretário

Edson Aparecido espera ver uma redução nos números da pandemia na cidade nos próximos 20 dias - Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo
Edson Aparecido espera ver uma redução nos números da pandemia na cidade nos próximos 20 dias Imagem: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL

06/04/2021 09h46Atualizada em 06/04/2021 10h11

O secretário Municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse hoje que a capital paulista teve redução acima de 60% na circulação de pessoas durante o "superferiado" de 10 dias. Aparecido destacou a importância dos dias seguidos de recesso e da adoção de medidas restritivas para combater o novo coronavírus na cidade.

"Conseguimos, segundo os critérios de medição da circulação das pessoas na cidade, que são a movimentação das catracas de ônibus, a circulação dos carros e também a emissão de notas fiscais, uma redução bastante significativa, acima de 60% aqui na cidade", afirmou, em entrevista à CNN.

Dados do Sistema de Monitoramento Inteligente do governo do estado revelam que a média de isolamento social na capital paulista em nove dos 10 dias de feriados (de 26 de março a 3 de abril) foi de 44,7%. Nos nove dias anteriores, de 17 a 25 de março, a média ficou em 44,6%.

Vamos ter o reflexo disso daqui a 15, 20 dias, onde vamos conseguir seguramente reduzir a transmissão da doença na cidade, o impacto das internações e obviamente e, em seguida, os óbitos.
Edson Aparecido

O secretário afirmou que, apesar de ainda estar em patamares elevados, a ocupação dos leitos para o tratamento da covid-19 na cidade apresentou uma redução nos últimos quatro dias. De acordo com ele, atualmente a capital tem 90% de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 80% de enfermaria para tratamento da doença.

"Vamos ter um mês de abril ainda com muita pressão no sistema de saúde, tanto privado quanto público aqui na nossa capital", avaliou.

Novos leitos

Aparecido também sinalizou uma redução na fila por um leito de UTI em São Paulo. Ele disse que há 15 dias, havia cerca de 470 pessoas à espera de uma vaga de terapia intensiva, enquanto ontem eram 310.

Sobre novos leitos, o secretário avisou que na próxima sexta-feira (9), serão abertas 200 vagas no campus Vergueiro da Universidade Nove de Julho (Uninove), na região central da capital. Serão 180 leitos de UTI e 20 de enfermaria.

A previsão inicial da prefeitura, feita no último dia 25, é que essas vagas estariam disponíveis para a população desde ontem.

Você imagina a quantidade de insumo, oxigênio, kit de intubação, medicação e EPI (Equipamento de proteção individual) que a gente precisa para poder fazer funcionar 200 novos leitos na cidade. Isso tem acontecido praticamente todo dia
Edson Aparecido

Vacinas

O secretário de Saúde afirmou ainda que 94% dos idosos acima de 68 anos foram vacinados na cidade. Além de pessoas nessa faixa etária, no momento, a capital paulista também faz a imunização de profissionais da segurança, iniciada ontem. Na próxima segunda-feira (12), também começam a ser vacinados os profissionais da educação.

Sobre a compra de doses pela própria prefeitura, Aparecido contou que o município já entrou em contato com quatro farmacêuticas para aquisição de doses. Ele afirmou, no entanto, que as negociações mais avançadas são as que estão sendo feitas com a norte-americana Johnson & Johnson, que produz a vacina Janssen, e a inglesa AstraZeneca, que no Brasil já tem imunizante feito em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a Universidade de Oxford.

"Estamos fazendo todo esse processo de negociação para no momento que for liberado, tiver vacina suficiente e o município possa estar bem colocado nessa fila, para poder comprar mais imunizantes, para se somar à CoronaVac e também à Oxford, da Fiocruz", detalhou.