Queiroga fala sobre o que fazer de diferente na crise: "Trabalhar bastante"
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo deve "trabalhar bastante" e "conscientizar a população sobre medidas não farmacológicas" ao questionado hoje sobre o que deve ser feito de diferente no enfrentamento da pandemia no país, que registrou em abril, o maior número de mortes por covid no mundo.
O ministro visitou o centro de distribuição de vacinas do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), e conversou rapidamente com jornalistas, sem se manifestar sobre a marca de 400 mil mortos em razão do coronavírus, atingida nesta quinta.
"Trabalhar bastante. Trabalhar bastante em parceria com estados e municípios, conscientizar a população brasileira em relação às medidas não farmacológicas e pedir a vocês da imprensa que nos ajudem a orientar os brasileiros", disse o ministro na saída da inspeção ao depósito, para onde será enviado o primeiro lote de vacinas da Pfizer (de 1 milhão de doses), que chegará nesta noite ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (interior de SP).
Na visita, Queiroga estava acompanhado do ministro Carlos Alberto França, das Relações Exteriores e, segundo a assessoria, não havia previsão de entrevista coletiva das autoridades.
Quando questionado se o houve erro na condução da crise sanitária, o chefe da Saúde desconversou. "Errado é vocês [jornalistas e cinegrafias] assim na minha frente [aglomerados]", respondeu o ministro, antes de sair pela área de carregamento do galpão, nos arredores do aeroporto de Guarulhos, deixando para atrás os assessores. Um dos integrantes da comitiva reclamou das perguntas dos jornalistas sobre os 400 mil mortos. Queiroga não voltou a se pronunciar.
Quarto ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro, Queiroga assumiu em meados de março, após a demissão do general Eduardo Pazzuello. Em abril, primeiro mês inteiro que ele completa à frente do ministério, o Brasil já teve mais de 78 mil mortos pela doença, maior que qualquer outro mês e mais que qualquer outro país do mundo.
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