Vacina pode ser rapidamente adaptada contra ômicron, diz chefe da BioNTech
A vacina da Pfizer pode ser adaptada "relativamente rápido" para combater a variante ômicron do coronavírus, afirmou hoje o presidente-executivo da BioNTech, Ugur Sahin, durante o evento Reuters Next.
Segundo ele, as vacinas devem continuar a oferecer proteção contra casos graves da covid, mesmo com as mutações do vírus. A vacina da Pfizer, com a tecnologia de RNA mensageiro, foi desenvolvida em parceria com a BioNTech.
Sahin ressaltou que a probabilidade de as pessoas precisarem se vacinar anualmente contra a covid-19, semelhante ao que ocorre com a vacina da gripe, está aumentando.
A ômicron já foi detectada em pelo menos 25 países e foi considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como "variante de preocupação" por ser mais transmissível.
No Brasil, já foram confirmados cinco casos da nova variante. Na cidade de São Paulo são três registros, de viajantes que desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Outros dois foram identificados no Distrito Federal, o Rio de Janeiro ainda investiga uma possível infecção.
Para impedir a maior circulação da variante, mesmo com o alto índice de vacinação, pelo menos 17 capitais brasileiras cancelaram as festas de Réveillon, entre elas São Paulo, Salvador e Recife.
O Rio de Janeiro ainda não anunciou uma posição oficial, mas sinalizou que os eventos serão mantidos. Ao UOL News, o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou que o atual cenário epidemiológico da cidade é favorável para a realização das festas de final de ano.
A vacinação em massa continua sendo a medida mais eficaz contra a covid-19, protegendo, especialmente, contra a evolução da doença para quadros graves, como internação e morte pelo vírus.
Fabricantes deveriam planejar ajustes contra ômicron, diz OMS
Segundo a OMS, as fabricantes de vacinas contra covid-19 deveriam se preparar para a "probabilidade" de ter que ajustar seus produtos para proteger as pessoas da variante ômicron.
"É bom não esperar até o último toque do alarme soar", disse um porta-voz da OMS em evento da ONU (Organização das Nações Unidas) em Genebra.
Maria van Kerkhove, a maior autoridade de covid-19 da OMS, disse anteontem que a agência acredita que terá mais dados sobre a transmissibilidade da ômicron dentro de dias.
O que se sabe sobre a ômicron
Entre os casos identificados no momento, as pessoas infectadas pela variante ômicron da covid-19 apresentaram apenas sintomas leves da doença.
"O sintoma mais comum é fadiga intensa por um ou dois dias, seguido de dores no corpo", disse a clínica-geral Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph.
No último domingo (28), a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que a variante pode aumentar a chance de reinfecção pela covid-19, mas tranquilizou ao afirmar tratamentos contra versões anteriores do vírus também têm funcionado contra a ômicron.
Ouvido por VivaBem, o infectologista Alexandre Naime disse que, embora a ômicron tenha se mostrado mais transmissível que outras variantes, ela ainda não se mostrou capaz de provocar um aumento no número de internações e mortes pela doença.
A variante apresenta alterações que podem fazer com ela consiga "driblar" o sistema imunológico de pessoas já vacinadas contra o novo coronavírus.
A hipótese, porém, ainda está em estudo. "Então, não podemos dizer que as vacinas não funcionam (contra a variante ômicron) — é improvável, inclusive", disse ontem Lúcia Helena, colunista de VivaBem, ao UOL News, programa do Canal UOL.
Como se proteger da ômicron
Na última sexta-feira (26), um dia depois da identificação da ômicron, a OMS pediu para que, individualmente, as pessoas ajudem no combate à variante tomando medidas já conhecidas contra a covid-19, como:
- Uso de máscara bem ajustada ao rosto;
- Higiene constante das mãos;
- Distanciamento físico;
- Melhora da ventilação em ambientes que não sejam ao ar livre, como salas;
- Preferência por evitar espaços lotados;
- Se vacinando contra a covid-19.
*Com informações da Reuters
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