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SP diz que inicia amanhã entrega de 10 mi de doses de CoronaVac à Saúde

Repasse ao Ministério da Saúde ajudará estados a acelerarem vacinação, apontou Doria - Fernando Silva/Estadão Conteúdo
Repasse ao Ministério da Saúde ajudará estados a acelerarem vacinação, apontou Doria Imagem: Fernando Silva/Estadão Conteúdo

Henrique Sales Barros e Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

16/02/2022 13h00Atualizada em 16/02/2022 14h21

O Instituto Butantan diz que vai começar a entregar amanhã (17) 10 milhões de doses da vacina CoronaVac ao Ministério da Saúde. O anúncio foi feito hoje (16), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

O contrato foi assinado entre a noite de ontem (15) e a manhã de hoje, de acordo com o presidente do instituto, Dimas Covas. O Butantan prepara a remessa para entregar "imediatamente", completou.

"O envio [das doses] permitirá uma aceleração no processo de vacinação infantil. Como isso, estaremos ajudando outros governos estaduais", afirmou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na entrevista coletiva.

As doses devem ser aplicadas em crianças com idade a partir de 6 anos — a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso do imunizante para este público há quase um mês, em 20 de janeiro.

Em São Paulo, a imunização das crianças sem comorbidades, com a CoronaVac, começou imediatamente após a liberação da Anvisa. Outros estados e a Saúde, porém, usaram estoques antigos da vacina, comprados até o ano passado, nesta campanha.

O primeiro contrato entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para a compra de CoronaVac para ser aplicada em crianças foi fechado agora.

Contrato de R$ 364 mi

Ao confirmar a compra, na noite de ontem, o Ministério da Saúde disse que o acordo foi fechado com o pagamento de R$ 364 milhões ao Butantan.

No início de fevereiro, ao responder ofício do Ministério da Saúde sobre as 10 milhões de doses, o Butantan também disse que tinha, com possibilidade de entrega de 20 a 25 dias, mais 20 milhões de doses da CoronaVac, com envio a depender de interesse da pasta.

Vacina contra ômicron passará por testes, segundo Covas

Na coletiva de hoje, o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que a farmacêutica chinesa Sinovac, que desenvolveu a CoronaVac junto com o instituto paulista, está trabalhando em um imunizante específicio para combater a variante ômicron. Os estudos clínicos devem ter início ainda neste mês.

"Os estudos devem ser iniciados em Hong Kong, na China e estamos nos preparando para sermos um braço do estudo no Brasil", afirmou.

Covas anunciou ainda que deve enviar novos documentos à Anvisa nos próximos 15 dias, para pedir a ampliação no uso da CoronaVac no Brasil —incluindo crianças de 3 a 6 anos.

Como é a CoronaVac aprovada pela Anvisa para crianças e jovens de 6 a 17 anos?

  • Mesma formulação aplicada em adultos;
  • Mesma dose adulta: 600 SU em 0,5 ml (SU é a substância que, introduzida no organismo, provoca a formação de anticorpo);
  • Duas doses, com intervalo entre duas e quatro semanas;
  • Faixa etária: 6 a 17 anos;
  • Restrição: não aplicar em crianças imunocomprometidas, ou seja, com baixa imunidade.