Grupo Estado Islâmico completa um ano de morte e destruição

Em Bagdá

  • Reprodução/YouTube

O grupo jihadista Estado Islâmico lançou uma ofensiva arrasadora um ano atrás, que se apoderou de grandes pedaços do território iraquiano, provocando a morte de milhares e o deslocamento de milhões.

Seguem alguns eventos chave do conflito:

2014

JUNHO:

9: começa a ofensiva comandada pelo Estado Islâmico contra Mossul, a segunda cidade do Iraque.

10: Mossul cai e a província vizinha de Nínive a segue, com o colapso de várias divisões de forças de segurança iraquianas. O então premiê, Nuri al-Maliki, anuncia que o governo irá armar cidadãos que se oferecerem como voluntários para lutar.

11: Tikrit, outra importante cidade ao norte de Bagdá, cai nas mãos dos jihadistas.

13: o grande aiatolá Ali al-Sistani, o mais elevado clérigo xiita do Iraque, convoca os iraquianos a pegarem em armas contra o EI.

O EI reivindica a execução de 1.700 pessoas, sobretudo recrutas xiitas, e divulga fotos da matança.

29: o Estado Islâmico declara um "califado" islâmico transfronteiriço no Iraque e na Síria, chefiado por Abu Bakr al-Baghdadi.

AGOSTO:

2: o EI lança uma ofensiva renovada no norte, levando forças curdas iraquianas a recuar e atacando grupos minoritários com assassinatos em massa, escravidão e estupros.

Milhares de membros da minoria religiosa Yazidi são sitiados no Monte Sinjar, despertando a preocupação internacional e pedidos de intervenção.

8: os Estados Unidos lança ataques aéreos no Iraque. Uma coalizão internacional os seguem.

14: o premiê Maliki, cujas políticas ajudaram a alimentar a ascensão do EI, se afasta e é substituído por Haider al-Abadi.

19: o EI anuncia ter decapitado o jornalista americano James Foley e divulga o vídeo do assassinato.

Com decapitações similares, os jihadistas tiram a vida dos jornalistas Steven Sotloff, Kenji Goto, dos trabalhadores humanitários David Haines, Alan Henning e Peter Kassig, e do amigo de Goto, Haruna Yukawa.

22: milicianos xiitas matam a tiros 70 pessoas em aparente vingança contra os frequentadores de uma mesquita xiita na província de Diyala. Os rebeldes do Estado Islâmico são seguidores desta corrente do Islã.

SETEMBRO:

23: a campanha aérea anti-EI se estende para a Síria.

OUTUBRO:

25: Abadi declara a primeira vitória significativa do governo na área de Jurf al-Sakhr, perto de Bagdá.

29: o EI executa dezenas de membros da tribo de Albu Nimr. Novos massacres se seguem.

NOVEMBRO:

14: as forças iraquianas retomam a cidade estratégica de Baiji, mas em seguida a perdem.

2015

JANEIRO:

25: testemunhas e líderes sunitas acusam milicianos xiitas de executar cerca de 70 moradores da província de Diyala.

26: o tenente-general Abdulamir al-Zaidi, do Exército iraquiano, anuncia que Diyala foi "liberada" do EI.

FEVEREIRO:

3: um vídeo do EI mostra o piloto jordaniano Maaz al-Kassasbeh sendo queimado vivo em uma jaula depois de ser capturado na Síria, em dezembro de 2014.

26: O EI divulga vídeo de militantes destruindo artefatos antigos de valor inestimável em um museu de Mossul.

MARÇO:

2: o Iraque lança uma operação maciça para retomar Tikrit do EI.

5: o Iraque diz que o EI começou a "terraplenar" a cidade antiga assíria de Nimrud. Mais tarde, o EI divulga um vídeo em que militantes aparecem destruindo artefatos antes de explodir o local.

31: Abadi anuncia que Tikrit foi retomada, uma vitória frustrada pela ação de forças pró-governamentais, que queimaram e saquearam dezenas de casas e lojas.

ABRIL:

5: o EI divulga o vídeo de militantes destruindo artefatos na cidade antiga de Hatra, um local declarado patrimônio histórico pela Unesco.

MAIO:

17: o EI toma Ramadi, a capital de Anbar, que juntamente com a captura de Palmyra, na Síria, dias depois, representou a vitória mais significativa em quase um ano de levante.

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