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Registro de Morales e seu candidato à Presidência cai em exigência na Bolívia

Evo Morales durante coletiva de imprensa em Buenos Aires, na Argentina, onde buscou refúgio após renunciar à presidência da Bolívia - Agustin Marcarian/Reuters
Evo Morales durante coletiva de imprensa em Buenos Aires, na Argentina, onde buscou refúgio após renunciar à presidência da Bolívia Imagem: Agustin Marcarian/Reuters

10/02/2020 16h46

O tribunal eleitoral da Bolívia pôs em exigência por falta de documentos as inscrições do ex-presidente Evo Morales, candidato ao Senado, e seu afilhado político, Luis Arce, que aspira à Presidência, embora tenham prazo até a quarta-feira (10) para atualizar os dados, segundo o site da entidade.

As exigências do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) ao ex-presidente, que se asilou em novembro no México e depois se refugiou na Argentina, de onde partiu nesta segunda-feira para Cuba para fazer um exame médico, têm a ver como cerificações como o "cumprimento do requisito inerente à residência permanente", entre outros.

Os adversários de Morales querem anular a candidatura do ex-presidente ao Senado, alegando que não reside na Bolívia desde novembro, invocando uma exigência constitucional. A Carta Magna estabelece como requisito aos candidatos viver de forma permanente na região pela qual se candidatam por pelo menos dois anos antes das eleições.

Em situação similar se encontra Luis Arce, candidato à Presidência pelo partido de Morales e ex-ministro da Economia, que se asilou no México em dezembro passado. A Constituição exige cinco dias de residência no país aos presidenciáveis.

Por enquanto, o TSE não se pronunciou a respeito, mas analistas como o cientista político Carlos Cordero consideram que "a aspiração de Morales de se candidatar ao Senado está praticamente frustrada".

A corte eleitoral boliviana também comunicou ter inabilitado um candidato presidencial de direita às eleições de 3 de maio por descumprir 11 dos 12 requisitos contidos no regulamento de inscrição.

Com a anulação desta candidatura do partido Ação Democrática Nacionalista (ADN), do ditador Hugo Banzer, são sete os candidatos que permanecem em disputa.

Nas novas eleições gerais de maio, convocadas após a anulação das de outubro passado por irregularidades, serão eleitos, ainda, o presidente, o vice, 36 senadores e 120 deputados.