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Malta autoriza desembarque de 400 migrantes bloqueados no mar

6.jun.2020 - Migrantes desembarcam em Senglea, em Malta - Jonathan Borg/Xinhua
6.jun.2020 - Migrantes desembarcam em Senglea, em Malta Imagem: Jonathan Borg/Xinhua

Em Valetta

07/06/2020 08h54

A ilha de Malta permitiu que mais de 400 migrantes desembarcassem em seu território, informou o governo no sábado (6).

Alguns deles estão presos no mar há várias semanas.

Essas 425 pessoas, que chegaram da Líbia e foram resgatadas no Mediterrâneo durante diferentes operações desde abril, desembarcaram no sábado à noite em Valletta, segundo um comunicado oficial.

As autoridades maltesas haviam proibido seu desembarque, mantendo-as no limite das águas territoriais a bordo de embarcações turísticas especialmente mobilizadas.

Esta situação foi fortemente criticada por ONGs, organizações de direitos humanos e de defesa dos migrantes.

"Nenhum país europeu, apesar dos grandes discursos sobre a solidariedade da Europa, aceitou levar esses migrantes", criticou o governo de Malta, que exige que os demais membros do bloco assumam essa responsabilidade.

Segundo a agência de notícias italiana AGI, a decisão do desembarque foi tomada, "porque as tripulações dos navios de turismo temiam por sua segurança", em uma situação que se tornou "muito difícil de administrar".

Desde 2005, a ilha de Malta enfrenta uma onda de chegadas de migrantes, principalmente da Líbia. Apenas 8% deles se mudaram para outros países da União Europeia.

Os migrantes em situação irregular representam, hoje, 1% da população total da ilha, segundo o governo.

As autoridades maltesas alertam que o país, o menor Estado da UE, "não se tornará o centro da crise migratória europeia".