Ucrânia recupera terreno diante das tropas russas, diz Pentágono
Apesar de estar sob intenso bombardeio par parte da Rússia há mais de três semanas, o exército da Ucrânia começou a mudar o pulso no campo de batalha em algumas áreas para recuperar terreno diante das forças invasores, disse, nesta terça-feira (22), o Pentágono.
Em declarações à rede de notícias CNN, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que a resistência ucraniana, respaldada por milhões de dólares concedidos em ajuda militar pelas potências ocidentais, tem sido, inesperadamente, feroz e agora os ucranianos estão se reposicionando "em alguns lugares e frequentemente à ofensiva".
"Estão perseguindo os russos tirando-lhes de lugares onde já haviam estado previamente", destacou, particularmente em Mykolaiv, cidade no sul do país que defende o acesso ao importante porto de Odessa. "Temos visto que isso agora tem aumentado nos últimos dias", indicou.
Kirby disse, no entanto, que não poderia confirmar relatos de funcionários do governo ucraniano de que suas tropas haviam retomado pelo menos uma cidade e esperavam tomar mais nos próximos dias.
Mas seria "consistente com o tipo de combate e os tipos de capacidades que vimos os ucranianos usarem", disse ele.
Os ataques militares indiscriminados de Moscou devastaram várias cidades ucranianas desde a invasão com dezenas de milhares de tropas ao seu vizinho do Leste Europeu em 24 de fevereiro. O número de civis mortos vem aumentando e mais de dez milhões de pessoas fugiram de suas casas, segundo diversos informes.
Muitos analistas ainda não veem uma saída clara para o conflito.
Mais tarde, um alto funcionário do Pentágono informou que os militares ucranianos também lançaram um contra-ataque em Izium, uma pequena cidade a sudeste de Kharkiv (leste), que as forças russas tomaram na tentativa de conectá-la às áreas pró-russas de Lugansk e Donetsk.
"O que vemos hoje são lutas significativas dos ucranianos para tentar recuperá-la", disse o alto funcionário, que pediu anonimato, a repórteres.
Entre os problemas enfrentados pelos russos, ele citou que "é difícil para eles conversarem entre si (as diferentes colunas de tropas), e isso leva ao uso de telefones celulares em alguns casos", disse ele.
Além disso, ele destacou que "ficam sem gasolina, ficam sem comida" e que até faltam equipamentos para se proteger do frio do inverno.
"Coletamos informações que mostram que alguns de seus soldados sofreram (de frio) e não estão mais aptos a lutar", disse o funcionário.
bur-st/ec/llu/rsr/dd/mr/jc
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