Conselheiro da Casa Branca diz que Rússia não conseguiu dividir o Ocidente
O conselheiro de Segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, disse em coletiva de imprensa hoje que a Rússia "falhou" em seus objetivos com a guerra que trava contra a Ucrânia, que hoje chega ao 27º dia.
Segundo o funcionário do governo dos Estados Unidos, a Rússia tinha três objetivos ao invadir o país vizinho: "subjugar a Ucrânia, aumentar o poder e prestígio próprio e dividir o Ocidente. A Rússia falhou nesses três objetivos e conseguiu o contrário".
Sullivan afirmou que, apesar da destruição provocada pela guerra, os ucranianos não querem se render e têm demonstrado força contra os ataques da Rússia e que os aliados da Ucrânia, como a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), têm se organizado de maneira mais próxima.
O conselheiro informou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá para a Europa amanhã. "A viagem do presidente Biden terá ainda mais ações, ele fará parte da cúpula da Otan, reunião com o G7 e falará com 27 líderes europeus", falou.
Sullivan também disse que Biden "poderá coordenar a próxima fase de auxílio à Ucrânia" e terá compromissos na Polônia, um dos principais países que acolhem os refugiados da Ucrânia.
Segundo o funcionário do governo, Biden "visitará tropas da Otan, se encontrará com o presidente da Polônia e falará com a ajuda humanitária".
27 dias de guerra
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chega hoje ao 27º dia com novos bombardeios contra a cidade portuária de Mariupol, que sofre com o desabastecimento de água, alimentos e energia elétrica desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
Mariupol é considerada uma cidade estratégica para a Rússia pois criaria um corredor terrestre entre a península da Crimeia e as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk —que são apoiadas pelo governo de Vladimir Putin.
Em entrevista a uma emissora dos Estados Unidos, um parlamentar ucraniano acusou a Rússia de tentar matar de fome as pessoas que estão em Mariupol. Na cidade de 450 mil habitantes, apenas 20 mil conseguiram fugir após a abertura de corredores humanitários.
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