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Justiça decide manter Champinha preso

Local onde Champinha está internado na Vila Maria - Folhapress
Local onde Champinha está internado na Vila Maria Imagem: Folhapress

De São Paulo

28/05/2015 20h59

A Justiça de São Paulo decidiu nesta quinta-feira (28) manter internado Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha. Acusado de torturar e assassinar uma jovem em 2003, quando tinha 16 anos, Champinha cumpriu três anos de internação psiquiátrica em uma unidade especial, mas não foi liberado após o fim da medida.

A decisão é do juiz Willi Lucarelli, do Foro Distrital de Embu-Guaçu, região metropolitana de São Paulo onde aconteceu o crime. Champinha está em uma Unidade Experimental de Saúde na Vila Maria, zona norte da capital. O equipamento funciona sob responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde.

Champinha foi condenado por torturar, estuprar e matar Liana Friedenbach, 16, que estava acampando em Embu-Guaçu com o namorado, Felipe Caffé, 19, que foi morto por um amigo de Champinha. Inicialmente, ele foi internado na Febem, hoje Fundação Casa, e depois transferido para a unidade experimental de saúde em 2007.

A proposta da Defensoria Pública era que ele pudesse continuar o tratamento em liberdade. Além de Champinha, hoje com 28 anos, o juiz ouviu nesta quinta-feira o Ministério Público, a Defensoria Pública, psicólogos e assistentes sociais, da Secretaria Estadual e do Ministério da Saúde, que acompanharam ou avaliaram o caso.

A audiência, que teve debates acirrados, começou por volta das 14h e terminou quase às 20h. Nova audiência será realizada em três meses. Nesse período, serão feitas novas avaliações psiquiátricas.

Primeiro a ser ouvido na audiência, Champinha deixou o foro em uma van da Justiça, com forte escolta policial, sem falar com a imprensa, por volta das 15h. Se fosse solto, a expectativa era que ele entrasse em um novo programa de supervisão psiquiátrica e talvez mudasse de cidade.

A promotora Maria Gabriela Manssur, que acompanha o caso desde o começo, afirmou que a medida oferece "proteção à sociedade". O magistrado e a Defensoria não se pronunciaram sobre a decisão.