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Alesp decide se abre processo de cassação contra Cury por importunação sexual

Deputada Isa Penna é apalpada pelo deputado Fernando Cury na Alesp - Reprodução/Youtube
Deputada Isa Penna é apalpada pelo deputado Fernando Cury na Alesp Imagem: Reprodução/Youtube

Paula Reverbel

São Paulo

10/02/2021 07h08

Dois dias depois de o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) entregar a sua defesa prévia no caso de importunação sexual que corre na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa decide hoje se abre um processo de cassação.

Em dezembro, o deputado colocou a mão na lateral dos seios da parlamentar Isa Penna (PSOL), episódio que foi transmitido ao vivo pela TV Alesp.

No documento, Cury pede que os deputados do PSOL Carlos Giannazi, Erica Malunguinho e Monica Seixas sejam considerados parciais e não participem da deliberação do conselho —formalmente, o deputado do Cidadania responde na Assembleia por quebra de decoro.

A defesa de Cury argumenta que, como Giannazi, Erica e Seixas foram arrolados como testemunhas na representação que Isa Penna enviou ao Ministério Público —medida que pode levar Cury a responder a um processo penal—, eles não poderiam participar da avaliação na Alesp sobre suspensão ou perda de mandato.

Ao Estadão, Monica, que assina com Isa Penna a representação ao Conselho, classificou a defesa prévia de Cury como "um ato desesperado".

"Ele tenta se defender a partir da imposição de ritos do código penal ao regimento interno da Casa. Mas a Alesp tem o seu rito estipulado, tem dispositivos que estão assegurados. Não vejo como ele possa ter sucesso fora dos ritos regimentais da Casa", disse a deputada.

A defesa de Cury alega ainda que pessoas interessadas no desfecho a favor de Isa Penna, "por pertencer ao mesmo partido político", não podem avaliar o caso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.