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PF reabre investigação de facada em Bolsonaro e vai analisar dados de advogado

Em etapas anteriores, a Polícia Federal concluiu que Adélio agiu sozinho - Reprodução de vídeo
Em etapas anteriores, a Polícia Federal concluiu que Adélio agiu sozinho Imagem: Reprodução de vídeo

Rayssa Motta e Fausto Macedo

25/11/2021 23h17

A Polícia Federal reabriu a investigação sobre o atentado a faca contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na campanha eleitoral de 2018. O inquérito foi retomado após o sinal verde do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília, que no início do mês derrubou as restrições que vinham travando as apurações.

A PF poderá agora analisar o material obtido a partir da quebra de sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que na época do crime defendeu Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada.

O delegado Rodrigo Morais Fernandes também poderá acessar o conteúdo da operação que fez buscas no escritório do advogado, ainda em 2018. Na ocasião, os agentes apreenderam celular, livros caixa, recibos e comprovantes de pagamento de honorários, mas não puderam se debruçar sobre o material por decisão liminar da Justiça, anulada no último dia 3 pelo TRF1.

A linha de investigação retomada pela PF busca verificar se alguém pagou pelo trabalho de Zanone no caso ou se o advogado assumiu a defesa de Adélio para ganhar visibilidade.

Em etapas anteriores, a Polícia Federal concluiu que Adélio agiu sozinho, sem cúmplices ou mandantes. Ele também foi considerado incapaz de responder pelo crime por sofrer distúrbios psicológicos e cumpre medida de segurança na penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por tempo indeterminado.