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Exército entra em operação para conter óleo nas praias do Nordeste

Homens do Exército na praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho (PE) - Veetmano Prem/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Homens do Exército na praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho (PE) Imagem: Veetmano Prem/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

22/10/2019 10h36

Quase dois meses após o surgimento de manchas de óleo no litoral do Nordeste, militares do Exército começaram nesta terça-feira (22) a ajudar na limpeza das praias atingidas.

O envio foi determinado ontem pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão. É a primeira vez que o Exército participa das operações de limpeza desde o início da crise ambiental, em 30 de agosto. O reforço envolve cerca de 5 mil militares da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, baseada em Recife, e começou sua atuação em praias de Pernambuco. Uma delas é a de Itapuama, onde voluntários haviam escrito um pedido de ajuda na areia.

A Marinha, que já vinha atuando na limpeza, disse nesta segunda que 900 toneladas de óleo cru foram retiradas das praias do Nordeste. Os nove estados da região - Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe - foram atingidos.

O Ibama diz que praias de 72 municípios foram atingidas pelo óleo. "Todos os sistemas de inteligência estão trabalhando para tentar chegar à conclusão de onde partiu esse óleo. A área, a gente já sabe, no bico do Rio Grande do Norte, antes de fazer a curva para o norte do Brasil", disse Mourão.

Segundo Mourão, o incidente é "único na história do mundo" e o governo "não demorou" para reagir ao desastre ambiental. A investigação já determinou que o óleo é venezuelano, porém ainda não se sabe como o material foi parar na costa brasileira.