Funeral de presidente do Haiti é marcado por tiros e tumulto
O funeral do presidente do Haiti, Jovenel Moise, assassinado no último dia 7 de julho dentro de sua residência oficial, foi marcado por um tumulto e tiros de arma de fogo.
O incidente ocorreu do lado de fora da cerimônia a portas fechadas, onde o caixão do político, coberto pela bandeira nacional e pela faixa presidencial, foi exposto em uma esplanada na cidade de Cap Haitien.
Entre os presentes estava a viúva de Moise, Martine Marie Etienne, ferida a bala no atentado e levada para tratamento em Miami. Em seu discurso de despedida, ela denunciou que seu marido foi "abandonado e traído" por seu desejo de defender os mais desfavorecidos.
No lado de fora, manifestantes protestavam quando os disparos foram ouvidos. Uma multidão enfurecida insultou o chefe da Polícia Nacional, Leon Charles, gritando "assassino, assassino", informou o jornal Gazette Haiti.
Segundo testemunhas, a polícia utilizou gás lacrimogêneo para controlar os protestos, que registrou incêndios de pneus e lixos nas ruas próximas. Até o momento, não há informações sobre feridos.
Representantes de delegações estrangeiras, incluindo dos Estados Unidos, corpos diplomáticos e membros do governo precisaram ser retirados às pressas do local.
A embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, que estava na cerimônia para prestar as últimas homenagens ao presidente haitiano, também deixou o local logo depois da confusão.
Moise e sua esposa foram alvos de um ataque de um grupo de mercenários com quase 30 pessoas, sendo a maioria colombianos.
Ainda não se sabe quem ordenou o assassinato do presidente e a polícia investiga quem seriam os mandantes.
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