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Igreja do Canadá doará US$ 30 mi para indígenas vítimas de abusos

A expectativa é de que os esforços diminuam o "trauma histórico e contínuo causado pelo sistema escolar residencial" - Southern Stock/Getty Images
A expectativa é de que os esforços diminuam o "trauma histórico e contínuo causado pelo sistema escolar residencial" Imagem: Southern Stock/Getty Images

28/09/2021 16h20

Os bispos da Igreja Católica do Canadá prometeram nesta segunda-feira (28) doar 30 milhões de dólares canadenses para apoiar iniciativas em favor dos sobreviventes de abusos em escolas indígenas, após emitirem um pedido formal de desculpas na semana passada.

A expectativa é de que os "esforços apoiem projetos significativos em todo o Canadá e façam uma diferença significativa na abordagem do trauma histórico e contínuo causado pelo sistema escolar residencial".

Segundo comunicado, os recursos serão liberados ao longo dos próximos cinco anos para "remediar o sofrimento causado pelos internatos no Canadá".

"Este esforço ajudará a apoiar programas e iniciativas dedicadas a melhorar a vida dos sobreviventes de escolas residenciais e suas comunidades, garantindo os recursos necessários para ajudar no caminho da cura", garantiu o bispo Raymond Poisson, presidente da Conferência Canadense de Bispos Católicos (CCCB), na nota.

Os bispos do Canadá se comprometeram e se encarregaram de desenvolver os princípios e estratégias nacionais, cronogramas e a comunicação pública dessas iniciativas coletivas em novembro deste ano, além de articular a importância de trabalhar junto com os povos indígenas.

"Não há uma única etapa que possa eliminar a dor sentida pelos sobreviventes de escolas residenciais, mas ouvindo, buscando relacionamentos e trabalhando colaborativamente onde podemos, esperamos aprender como caminhar juntos em um novo caminho de esperança", acrescentou o bispo William McGrattan, vice-presidente do CCCB.

Na sexta-feira passada, os bispos já haviam expressado seu "profundo remorso" e ofereceram "suas desculpas inequívocas" aos povos indígenas após a descoberta nos últimos meses de mais de mil túmulos não identificados perto de antigos internatos administrados pela Igreja Católica.