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Premiê e presidente do Sri Lanka anunciam que vão renunciar após protestos

12.mai.2022 - Ranil Wickremesinghe, primeiro-ministro do Sri Lanka - Ishara S. Kodikara/AFP
12.mai.2022 - Ranil Wickremesinghe, primeiro-ministro do Sri Lanka Imagem: Ishara S. Kodikara/AFP

11/07/2022 13h39Atualizada em 11/07/2022 13h57

O atual premiê do Sri Lanka, Ranil Wickremesinge, confirmou nesta segunda-feira (11) que ele e o presidente do país, Gotabaya Rajapaksa, vão renunciar aos cargos por conta dos protestos que culminaram com a invasão do palácio residencial no fim de semana.

Wickremesinge era líder da oposição e foi indicado para o cargo há apenas três meses para tentar acalmar a crise político-social que afeta a nação, considerada a mais grave da história do país.

O Sri Lanka enfrenta uma falta generalizada de combustíveis e alimentos básicos, blecautes constantes e já anunciou que não tem dinheiro para pagar credores.

O atual premiê viraria automaticamente o presidente com a renúncia de Rajapaksa, aguardada para as próximas horas. Agora, os partidos tentam correr para solucionar a crise institucional que se alastra.

No entanto, a mídia local afirma que a renúncia do atual mandatário só vai ocorrer assim que ele conseguir fugir da nação, provavelmente, para Dubai. Fontes do governo afirmam que Rajapaksa já estaria em um hangar aguardando para fugir desde que o palácio foi invadido.

O presidente, eleito em 2019, é acusado pela população de ser o principal responsável pela pior crise econômica na história desde a independência do Reino Unido, em 1948.

Desde a invasão da residência oficial, os civis já encontraram mais de US$ 50 mil escondidos dentro da casa e os valores foram entregues para os policiais.