Bomba que matou Darya Dugina, filha de 'guru de Putin', foi acionada a distância
O explosivo instalado no carro da jornalista e analista política Darya Dugina, morta na noite do último sábado (20), foi acionado a distância, de acordo com informações divulgadas pela polícia da Rússia nesta segunda-feira (22).
Dugina, 29 anos, era filha do proeminente filósofo Alexander Dugin, considerado pela imprensa ocidental como um dos inspiradores das políticas ultranacionalistas do regime do presidente Vladimir Putin.
"Agora foi confirmado que a bomba no carro de Dugina foi acionada a distância. Provavelmente, o automóvel foi monitorado", disse uma fonte da polícia à agência de notícias estatal Tass.
A analista política dirigia um Toyota Land Cruiser Prado que estava em nome de Dugin e voltava de um festival onde o filósofo havia palestrado. Os dois deveriam viajar no mesmo automóvel, mas, no último instante, Dugin teria decidido ir em um carro separado - existe a suspeita de que ele fosse o verdadeiro alvo do atentado.
O líder da autoproclamada República de Donetsk, Denis Pushilin, acusou a Ucrânia de estar por trás da explosão, mas Kiev nega.
"A Ucrânia não tem nada a ver com o homicídio da filha de Dugin", disse Mikhailo Podolyak, principal conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, no último domingo (21).
A polícia russa abriu uma investigação para apurar o caso. "Se a pista ucraniana for confirmada pelas autoridades competentes, então teremos a confirmação da política de terrorismo de Estado praticada pelo regime de Kiev", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Moscou, Maria Zakharova.
Conselheiro de diversos políticos, Dugin é conhecido por suas opiniões de extrema direita. Nos últimos anos, foi reconhecido pela imprensa ocidental como um dos inspiradores da política externa ultranacionalista de Putin, embora a mídia russa o considere uma figura "marginal".
Em 2014, o filósofo foi demitido da Universidade Estatal de Moscou após ter feito um apelo em defesa do massacre de ucranianos. Dugina, por sua vez, era uma analista política de destaque e defendia a invasão russa à Ucrânia, o que a levou a ser sancionada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.
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