Topo

Esse conteúdo é antigo

Meta climática da Califórnia pode exigir aspiradores de CO2

A foto é de uma siderúrgica em Sidney, uma das 500 empresas mais poluidoras do país - Tim Wimborne/Reuters - 7.jul.2011
A foto é de uma siderúrgica em Sidney, uma das 500 empresas mais poluidoras do país Imagem: Tim Wimborne/Reuters - 7.jul.2011

David R. Baker

30/01/2020 15h44

(Bloomberg) — Se a Califórnia quiser eliminar os gases de efeito estufa, precisará de um amplo sistema para capturar e armazenar emissões. Talvez até de aspiradores gigantes para sugar o dióxido de carbono da atmosfera.

E tudo isso poderia custar até US$ 14 bilhões por ano.

Essas são as conclusões de um estudo divulgado na quinta-feira pelo Laboratório Nacional de Lawrence Livermore, do Departamento de Energia dos EUA, e destacam os desafios enfrentados pela Califórnia ao tentar eliminar as emissões até 2045.

Os dados também destacam a crescente percepção global de que fontes eólicas, solares e veículos elétricos não são suficientes para deter o aquecimento global. Por isso, governos e empresários buscam maneiras de remover o dióxido de carbono que já está na atmosfera.

Para a Califórnia, que a partir de 2046 quer remover mais carbono do meio ambiente do que emite, isso pode significar a construção de dezenas de usinas de bioenergia para transformar árvores mortas e resíduos de colheitas em combustível, para então capturar as emissões.

Florestas e fazendas precisariam ser melhor gerenciadas para limitar os gases de efeito estufa do solo e de árvores apodrecendo. E máquinas equipadas com ventiladores gigantes precisariam aspirar dióxido de carbono diretamente da atmosfera, segundo o relatório.

Todas essas emissões capturadas seriam canalizadas para uma tubulação que cruzaria o estado e depois empurradas para formações rochosas subterrâneas que hoje contêm petróleo e gás natural.

Grandes sistemas de captura de carbono permanecem em estágio inicial. E, mesmo com todas essas etapas, o estado ainda precisará reduzir muito o uso de combustíveis fósseis, disse Sarah Baker, cientista do laboratório e principal autora do relatório.