Coreia do Norte condena americano que tentou "derrubar" regime a 15 anos de trabalhos forçados
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The Register-Guard, Bobby Lee)/AP
Pae Jun-ho (à direita), cidadão americano e sul-coreano, condenado na Coreia do Norte a trabalhos forçados
As autoridades da Coreia do Norte condenaram um cidadão americano - também com nacionalidade sul-coreana - a 15 anos de trabalhos forçados, informou nesta quinta-feira (2) a agência local "KCNA".
O regime anunciou no último fim de semana que Pae Jun-ho, identificado também como Kenneth Bae, enfrentaria um processo perante a Suprema Corte depois de admitir ter cometido um delito com o objetivo de "derrubar" o país comunista, segundo a versão de Pyongyang.
O americano foi detido em novembro, após entrar na cidade de Rason, no nordeste da Coreia do Norte, junto com outros cinco turistas, e revelarem-se provas de que ele teria praticado um delito, de acordo com o regime.
Os EUA, que não têm relações diplomáticas com a Coreia do Norte, solicitaram então a intervenção da seção consular da Embaixada da Suécia em Pyongyang, que representa seus interesses no país, e confirmaram o início das ações legais contra Bae.
Cidadãos americanos detidos
A Coreia do Norte deteve nos últimos anos vários cidadãos americanos, que em todos os casos foram libertados após longas negociações.
Em agosto de 2009, após uma gestão do ex-presidente americano Bill Clinton, Pyongyang libertou duas jornalistas americanas detidas por entrada ilegal e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.
Um ano depois, o ex-presidente Jimmy Carter obteve a libertação de Aijalon Mahli Gomes, um americano que fora multado em US$ 600 mil e sentenciado a oito anos de trabalhos forçados por também entrar ilegalmente na Coreia do Norte.
Em maio de 2011, Pyongyang libertou Eddie Jun Young-su, americano de origem coreana, que fora detido em novembro do ano anterior sob a acusação de proselitismo.
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