O Exército de Israel realizou nesta sexta-feira (23) um bombardeio aéreo no Líbano em represália aos quatro projéteis lançados ontem desde o país vizinho contra seu território.

O ataque, realizado nesta madrugada, tinha como alvo um "local terrorista situado entre Beirute e Sidon", assinalou o Exército israelense em comunicado.

No Líbano, o porta-voz da Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral, Ramez Mustafa, afirmou que o ataque em questão, que não causou vítimas e nem danos maiores, atingiu uma posição de seu grupo na região de Naame, a cerca de 20 quilômetros ao sul de Beirute.

O Exército israelense acrescentou que governo libanês também possui responsabilidade no ataque de ontem contra o norte de Israel, já que os quatro projeteis partiram de território libanês.

O lançamento de projéteis, que causou danos materiais, mas não vítimas, foi reivindicado pelas Brigadas Abdullah Azam, um grupo vinculado à Al Qaeda e que já tinha realizado ataques similares contra Israel.

O porta-voz do Exército israelense para a imprensa internacional, Peter Lerner, afirmou hoje que "Israel não tolerará agressões terroristas originadas em território libanês como a de ontem", que, segundo ele, foi "uma violação flagrante da soberania israelense" e "põe em perigo a vida de civis israelenses".

Esse ataque, que teria partido da região meridional de Tiro, foi condenado tanto pelas autoridades libanesas como israelenses.

Ontem, pouco após o registro dos ataques, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse: "Temos desdobrada uma variedade de meios, tanto defensivos como preventivos. Atuamos de forma responsável. Qualquer um que nos atacar ou pensar em nos atacar, deve saber que será atingido".