ONU chama novo ataque à escola de 'ultrajante' e exige punição
A ONU condenou neste domingo (3) o ataque contra uma escola de sua agência para os refugiados palestinos (UNRWA) na cidade de Rafah, que causou a morte de pelo menos 10 civis, exigiu uma rápida investigação e que os responsáveis sejam julgados.
"É um ultraje moral e um ato criminoso", denunciou o secretário- geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em comunicado de seu porta-voz, no qual se referiu ao fato como "outra grave violação da lei humanitária internacional".
O diplomata coreano ressaltou que os refúgios da ONU devem ser zonas seguras e lembrou que "as Forças Armadas de Israel foram informadas repetidamente sobre a localização dessas instalações".
"Este ataque, junto com outras violações da legislação internacional, deve ser investigado rapidamente e os responsáveis devem pagar por isso", defendeu Ban.
Segundo o porta-voz da UNRWA, Chris Gunness, o bombardeio aconteceu às 10h50 (local) e atingiu as imediações da escola da agência em Rafah, onde se refugiam cerca de três mil deslocados.
Durante a atual ofensiva militar, projéteis do exército israelense atingiram complexos da ONU pelo menos outras cinco vezes, em vários casos matando civis abrigados.
O último caso aconteceu dia 30, quando 15 palestinos morreram e 50 ficaram feridos em outro bombardeio em uma escola da UNRWA em Jabalya, no norte de Gaza, o que suscitou uma onda de condenações internacionais contra Israel.
Nele morreram dez pessoas e houve um número indeterminado de feridos. O ataque aconteceu dois dias depois da ruptura da última trégua estipulada por israelenses e palestinos.
Ban, no comunicado de hoje, se declarou "profundamente consternado pela espantosa escalada de violência e pela perda de centenas de vidas de palestinos civis desde a ruptura do cessar-fogo humanitário em 1º de agosto".
"A volta dos combates só exacerbou a crise humanitária e de saúde que está causando estragos em Gaza", lamentou Ban, que exigiu mais uma vez a retomada do cessar-fogo e o início da negociações entre as partes.
"Esta loucura deve parar", enfatizou o secretário-geral da ONU.
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