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Família do sequestrador de mercado condena atentados na França

Em Paris

11/01/2015 07h25

A família de Amedy Coulibaly, o jihadista que na sexta-feira (9) tomou vários reféns em um supermercado judaico de Paris e é apontado como o assassino de uma policial municipal na quinta-feira, condenou neste domingo (11) os atentados e desvinculou esses "odiosos atos" do islã. Ele foi morto pela polícia durante uma operação para a liberação dos reféns.

Em comunicado, a mãe e a irmã de Coulibaly, 32, que disse atuar em nome do Estado Islâmico (EI), ofereceram suas "sinceras condolências" às famílias das quatro vítimas judias do atentado no supermercado "Hyper Cacher" e a da agente municipal.

"Condenamos seus atos. Certamente não compartilhamos as mesmas ideias extremistas. Esperamos que não se faça uma vinculação entre esses atos odiosos e a religião muçulmana", assinalou a mãe de Coulibaly no comunicado.

"Desejamos que todos os cidadãos se sintam unidos e solidários como nós nos sentimos com as famílias das vítimas", ressaltaram.

A mãe e a irmã de Coulibaly também expressaram também sua solidariedade com a família das 12 vítimas da massacre na revista satírica "Charlie Hebdo", na quarta-feira, o primeiro desta onda inédita de atentados na França.

Tanto Coulibaly como os irmãos Said e Chérif Kouachi, apontados como autores do massacre de "Charlie Hebdo", foram mortos na sexta-feira pelas forças especiais francesas em duas operações simultâneas, em Paris e em Dammartin-en-Goële , no norte da França, respectivamente.