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Voo MH370 da Malaysia Airlines estava fora de controle antes de desaparecer

Manan Vatsyayana/AFP
Imagem: Manan Vatsyayana/AFP

Em Sydney

02/11/2016 12h44

O avião do voo MH370 da Malaysia Airlines realizou uma forte descida antes de cair no Oceano Índico em março de 2014 com 239 pessoas a bordo.

Em um novo relatório divulgado nesta quarta-feira (2), o Escritório para a Segurança no Transporte da Austrália (ATSB, na sigla em inglês), que lidera a busca pela aeronave no mar, afirmou, além disso, que o avião estava fora de controle e não se preparava para fazer uma aterrissagem de emergência quando desapareceu.

O estudo se baseou em dados de satélites, simulações, análise dos diversos destroços encontrados e do deslocamento das partes do avião pelo Oceano Índico depois da queda. Segundo o ATSB, as informações dos satélites "são consistentes com o fato de que o avião da Malaysia Airlines experimentou um elevado e crescente índice de descida antes desaparecer".

A análise de um dos flaps encontrados também indica que a aeronave não estava configurada para aterrissar.

As conclusões reforçam as descobertas da investigação oficial, que indicou que o avião caiu no mar após ter ficado sem combustível. Segundo essa investigação, o MH370 desapareceu 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim. Alguém teria apagado os sistemas de comunicação e feito uma curva com a aeronave.

"O avião não estava configurado para aterrissar. Podem tirar suas próprias conclusões em relação se isso significa que alguém estava no controle", disse o diretor de buscas da ATSB, Peter Foley.

O relatório indica que o MH370 está em algum ponto do "sétimo arco", a região do Índico determinada a partir de sinais gerados pela aeronave, dados de satélites e de uma estação terrestre em Perth, no oeste da Austrália.

O documento foi divulgado antes do início de uma reunião em Canberra para avaliar informações relacionadas ao desaparecimento do voo da Malaysia Airlines e redirecionar as buscas.

A Austrália lidera uma operação, que também conta com a participação da Malásia e da China, para procurar os destroços do avião em uma remota área do Índico de 120 mil quilômetros quadrados. Do total, faltam rastrear 10 mil quilômetros quadrados, algo que será feito a partir de janeiro, quando as condições meteorológicas na região facilitam o trabalho das equipes.