Argentina oferece ajuda a países vizinhos para combater incêndios na Amazônia
O Governo da Argentina ofereceu ajuda ao Brasil e à Bolívia para combater os incêndios florestais que afetam seriamente a Amazônia, informaram hoje fontes oficiais.
"O Governo argentino, ratificando o compromisso na luta contra a mudança climática e pela conservação da biodiversidade, ofereceu através do presidente da Nação (Mauricio Macri) a colaboração a nossos países vizinhos no combate dos incêndios florestais na Amazônia que afetam recursos importantíssimos para o cuidado da nossa casa comum", indicou a Secretaria de Ambiente argentino em comunicado.
O Executivo de Macri disse que deve honrar os compromissos assumidos no Acordo de Paris sobre Mudança Climática e no Convênio de Diversidade Biológica não só fortalecendo suas políticas ambientais "portas adentro", mas também em um "esforço comum" com os países vizinhos.
A região afetada, destacou o Governo argentino, "é reservatório dos principais pulmões do planeta e de uma porção significativa da sua biodiversidade".
A Argentina disse que, assim como já colaborou com o Chile, coordenando e compartilhando recursos, equipamento e informação para o atendimento de emergências ambientais, agora conta "com capacidade operacional e a decisão política para oferecer" à Bolívia e ao Brasil "a colaboração necessária para enfrentar a difícil situação que transitam".
Por outro lado, a Secretaria de Meio Ambiente disse que "vem monitorando de forma permanente a situação de ocorrência de incêndios florestais" na Argentina.
No entanto, disse que manterá "a monitoração permanente da situação em todo o norte do país", fronteiriço com a Bolívia, Paraguai e Brasil, uma área que está "em alta temporada quanto ao risco de ocorrência de incêndios".
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil, que contabiliza os incêndios mediante imagens de satélite, os focos de incêndio em todo o país neste ano superam em 83% os do mesmo período de 2018, 52,5% na região amazônica.
As chamas na floresta devoram sem cessar a Amazônia em meio a uma crescente indignação popular, uma tragédia que as organizações ambientalistas atribuem às ações do presidente Jair Bolsonaro.
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