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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Chanceler alemão afirma que guerra na Ucrânia pode ser duradoura

Berlim

22/03/2022 18h37

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse nesta terça-feira que a guerra na Ucrânia "pode não ser uma questão curta", mas "um confronto mais longo", razão pela qual é necessário evitar medidas insustentáveis de longo prazo, como um embargo de energia contra a Rússia.

Desta forma, as sanções atuais visam infligir o maior dano possível à economia russa e ao mesmo tempo serem "suportáveis" para os países europeus, disse durante entrevista coletiva em Berlim com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

Scholz afirmou que a Alemanha não é o único país que depende da Rússia para o fornecimento de gás natural ou carvão, mas previu que, se o objetivo de diversificar as fontes de energia fosse alcançado, o resultado seria equivalente a decretar um embargo energético contra Moscou.

"Temos que comprar energia de amigos e não de inimigos, caso contrário, estamos pagando pela guerra", disse Metsola, que corroborou, porém, que nem todos os países europeus estão atualmente em condições de serem independentes das importações russas.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

"A agenda verde já não é abordada apenas de uma perspectiva climática, mas de uma perspectiva de segurança", disse ele, destacando a importância de alcançar "independência estratégica" da União Europeia (UE) nesse sentido.

Questionado sobre a proposta da Polônia de excluir a Rússia do G20, o chanceler alemão afirmou que não é uma questão que pode ser decidida "individualmente", mas deve ser colocada a todos os membros.

No entanto, a organização dos países industrializados e em desenvolvimento está atualmente ocupada com outras questões, observou.

"Precisamos de negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia que vão além do que vemos agora", argumentou, também apontando para a urgência de acordar "um cessar-fogo imediato".

Scholz recebeu Roberta Metsola, em sua primeira visita oficial a Berlim como presidente do Parlamento Europeu, para discutir os temas que serão debatidos durante o Conselho Europeu.

A presidente do Parlamento Europeu também se reuniu em Berlim com a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, com o presidente Frank-Walter Steinmeier e com a vice-presidente do Bundestag, Katrin Göring-Eckardt.