PF apura injúria, perseguição e desacato no ataque contra Moraes
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Os ataques de 8 de janeiro continuam. Até agora, os crimes investigados pela Polícia Federal no caso da família que hostilizou o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma são os de injúria, perseguição e desacato. Trata-se de "injúria com violência", explica o advogado Fernando Augusto Fernandes, um crime cometido contra um funcionário público (Moraes) em razão de sua função (ministro do Supremo Tribunal Federal). O advogado Cristiano Maronna cita também o crime contra a honra.
Para a colunista Carla Araújo, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro transformou as divergências com o STF em bandeira que ainda sustenta um clima permanente de vingança e animosidade, o que acaba estimulando os apoiadores de Bolsonaro, derrotado nas urnas, ao enfrentamento. A PF abriu inquérito, ouviu depoimentos e na quinta (18) realizou busca e apreensão na casa do empresário Roberto Mantovani Filho, que em Roma estava acompanhado da mulher, Andreia Munarão, e do genro, Alex Zanatta. A defesa dos suspeitos nega que eles tenham ofendido o magistrado, mas confirma um "entrevero" no aeroporto.
Árbitra do Brasil apita segundo jogo da Copa. A seleção brasileira estreia na Copa feminina na segunda (24), mas o Brasil se fará representar no dia da abertura, na quinta (20), numa posição importante: a da arbitragem. A Fifa anunciou que Edina Alves Batista vai apitar a partida entre Austrália e Irlanda, a segunda da Copa. Ela terá como auxiliares as brasileiras Neusa Inês Back e Leila Cruz, e a chilena Maria Carvajal. No jogo de abertura, Nova Zelândia x Noruega, às 4h de quinta, a árbitra será Yoshimi Yamashita, do Japão.
Novo mundo (a Oceania), velho mundo: são as múltiplas culturas e nacionalidades dos eventos esportivos. A técnica do Brasil, Pia Sundhage, vem da Suécia, jogou pela seleção do seu país em 1991, na China. Pia era atacante. "Foi uma afirmação. Queríamos estar entre as melhores do mundo, e quando aconteceu foi enorme", ela recorda. A jogadora Ary Borges revela que Pia incentiva a mentalidade vencedora. O colunista Rafael Reis escreve sobre sete estrelas, atletas de alto nível que merecem a atenção dos torcedores: elas vêm da Espanha, EUA, Canadá, França etc.
Milhares de vagas no serviço público. Sob o mantra do corte de gastos, os concursos públicos da administração federal ficaram suspensos por muito tempo, mas estão sendo retomados. Na terça (18), o governo federal anunciou mais 2.480 vagas para novos concursos públicos, que se somam às milhares já autorizadas desde o começo do ano, fixas e temporárias.
São vários órgãos e áreas precisando de servidores para as próximas décadas: Saúde, Ciência, Educação, Desenvolvimento, Agricultura etc. Nem todos os concursos vão exigir diploma de curso superior. O IBGE e a Funai, entre outros, contratam pessoas com nível intermediário de escolaridade. Veja a lista aqui.
Lula e a tática do "morde e assopra". Em Bruxelas para a cúpula da União Europeia e América Latina, os presidentes do Brasil e da França, entre outros líderes, surgiram à frente de um movimento de reinserção da Venezuela nos blocos econômicos mundiais.
Para o presidente Lula, que há meses insiste na normalização das relações com o governo de Nicolás Maduro, banido de Brasília por anos, o governo federal atua a fim de reconstruir pontes com o vizinho sul-americano também de olho no pagamento de uma dívida da Venezuela com o Brasil que chega a R$ 6 bilhões.
Dois meses à deriva no oceano Pacífico, e vivos. Barbudo e magro, o náufrago australiano Timothy Shaddock viu finalmente a terra firme na terça (18), ao desembarcar no porto de Manzanillo, no México. Ele e a cachorra, Bella, foram salvos por um barco de pesca de atum a uma distância enorme, de 2.200 km da costa, depois de ficarem semanas à deriva no mar, dentro de um veleiro-catamarã que se acidentou. Os dois sobreviveram com água da chuva e peixe cru.
Para o colunista Jorge de Souza, de Nossa, ter encontrado Tim e Bella pode ser considerado um autêntico milagre porque as chances de um barco pequeno ser avistado por outro barco no meio do oceano são pequenas. "Que dirá, então, por um helicóptero, que não tem autonomia para ir tão longe no oceano", afirma. António Suarez, presidente do Grupomar, disse que a embarcação que socorreu o náufrago após a avistagem da aeronave é a menor e mais antiga da empresa. Foi a última viagem, um comovente encerramento de carreira.
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