Desastres em número recorde afetaram 26 milhões de pessoas no Brasil

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As águas das chuvas que matam. Devido a mudanças climáticas, que aumentaram a temperatura do planeta, as chuvas, secas e ciclones estão ficando mais frequentes. Os dados do Atlas de Desastres no Brasil, da Secretaria Nacional de Defesa Civil, apontam para uma alta expressiva no número de casos: foram 4.749 desastres em 2022, transtornando a vida de cerca de 26 milhões de pessoas, ou quase 13% da população. No ano anterior, o número de atingidos no país foi bem menor, de 14,9 milhões. Leia aqui.

O ciclone que afetou o Sul foi efeito colateral da frente fria, explica Marcelo Seluchi, do Cemaden. Não foi surpresa, houve alertas. No Rio Grande do Sul, o ciclone levou devastação a dezenas de cidades e transtornos para milhares de famílias. Uma das regiões mais atingidas é o Vale do Taquari, onde o Corpo de Bombeiros procurava por pessoas desaparecidas nas inundações e encontrou 15 corpos na terça (5). São 21 mortes no estado, segundo a Defesa Civil, um número recorde para evento climático, nas palavras do governador Eduardo Leite (PSDB). O observatório europeu Copernicus anunciou que 2023 será provavelmente o ano mais quente da história.

Concurso unificado quer preencher 7.826 vagas. O governo federal prepara uma prova única para o preenchimento de quase 8.000 vagas abertas no serviço público. Os candidatos poderão se inscrever para vários cargos, dentro da área de atuação escolhida, com pagamento de uma única taxa de inscrição.

O edital deve ser publicado até dezembro, e a prova está prevista para fevereiro de 2024, realizada simultaneamente em 180 cidades brasileiras. Veja a distribuição das vagas e o cronograma do concurso.

Segurança reforçada para 7 de setembro. Em Brasília, o Desfile da Independência na quinta (7) terá como tema "Democracia, Soberania e União", em contraponto ao do ano passado, usado por bolsonaristas para alimentar rumores de golpe militar. Os atos de 8 de janeiro serviram de triste aprendizado para as forças de segurança pública, e o efetivo policial será maior do que na posse do presidente Lula.

Cerca de 200 convidados vão estar na tribuna de honra, entre eles ministros e chefes das Forças Armadas. A expectativa de público é de 30 mil pessoas. No mesmo dia, à tarde, Lula e comitiva viajam para a Índia, para a cúpula do G-20. Na terça (5), Dia da Amazônia, Lula assinou a demarcação de duas terras indígenas: Rio Gregório, no Acre, com cerca de 187 mil hectares, e Acapuri de Cima, no Amazonas, com cerca de 18 mil hectares.

Bilionários em família no Sul. Santa Catarina tem 35 bilionários no ranking da Forbes de 2023, sendo que apenas uma empresa, a catarinense Weg, colocou 29 nomes neste ranking de brasileiros bilionários. Somados, os patrimônios dos acionistas totalizam R$ 85,53 bilhões.

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A maior parte dos ricaços são descendentes dos fundadores, ou seja, da mesma família, como a bilionária Anne Werninghaus, de 37 anos. A Weg é uma fabricante de equipamentos eletroeletrônicos com mais de 39 mil colaboradores e filiais em 37 países..

Pesquisa monitora o estresse dos lobos-guarás. Em trecho do Cerrado dominado por lavouras, no nordeste de São Paulo, biólogos e veterinários vão observar e examinar lobos-guarás com ajuda de monitores de frequência cardíaca, pela primeira vez. Os bichos andam estressados em seu próprio habitat, cuja vegetação nativa deu lugar a pastagens e plantações.

"À medida que o desmatamento avança, o lobo-guará é deslocado para as margens das cidades, onde tenta sobreviver numa paisagem estranha", registra Mongabay, em Ecoa. Além do estresse, que afeta a reprodução da espécie, a sarna canina significa ameaça. Sem comida, um lobo-guará vira ladrão de galinhas. Lupe, uma fêmea selvagem, recebeu o primeiro monitor cardíaco. Na Serra da Canastra, a reportagem também encontrou um macho de olhos brilhantes, com argola na orelha e coleira: Larápio, um lobo-guará conhecido dos pesquisadores do Cenap (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros).

Dupla de Bia Haddad joga hoje; Stefani está nas semifinais. O tênis de duplas parece um mundo à parte, com a quadra lotada de gente. Quatro atletas fazem movimentos frenéticos, alternam rede e fundo, cochicham a cada ponto para combinar ataques e defesas, e não é incomum uma bola violenta atingir as pernas, o pescoço ou a cintura dos jogadores. Saque e Voleio recorda o acidente que, em 2021, fez Luisa Stefani deixar o US Open em cadeira de rodas. E destaca o quanto os ótimos saques da paulista, na terça (5), foram fundamentais para ela retornar à semifinal junto de Jennifer Brady.

Hoje a partir das 12h, Bia Haddad, a brasileira melhor colocada no ranking mundial individual, e a bielorrussa Victoria Azarenka abrem os trabalhos no Grand Slam de Nova York num jogo difícil contra as campeãs Laura Siegemund e Vera Zvonareva. Já estão nas semifinais Djokovic, Coco Gauff, Karolina Muchova e Ben Shelter.

Petismo flex bate bolsonarismo raiz. Uma pesquisa feita pelo Datafolha mostrou que o petismo está mais forte do que o bolsonarismo na cidade de São Paulo. O colunista José Roberto de Toledo analisou os números e concluiu que quase a metade dos entrevistados (45%) apoia o PT de alguma forma, como petistas raízes ou simpatizantes eventuais, o que significa uma força eleitoral muito grande.

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O número de apoiadores de Jair Bolsonaro é menor: apenas 15% dos eleitores se declararam bolsonaristas raízes e outros 6% afirmaram ter algum tipo de simpatia, ou seja, apenas 21% do eleitorado em São Paulo se declara bolsonarista de alguma forma. Leia aqui.

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