Mauro Cid volta a depor no STF e pode perder benefícios da delação premiada
Esta é a newsletter Pra Começar o Dia. Inscreva-se gratuitamente para receber no seu email de segunda a sexta. Conheça as demais newsletters do UOL. São cerca de 20 opções sobre os mais variados assuntos para a sua escolha.
********
Ex-ajudante de ordem de Bolsonaro é intimado para explicar contradições. O ministro Alexandre de Moraes intimou o tenente-coronel Mauro Cid a ser ouvido pelo Supremo Tribunal Federal para esclarecer "contradições" entre seus depoimentos e investigações feitas pela Polícia Federal. O depoimento foi marcado após PF dizer a Moraes que Cid violou cláusulas de acordo de delação premiada omitindo e contradizendo depoimento prestado na terça sobre o plano de golpe de militares que incluiria o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes. O ministro vai pedir um parecer à PGR sobre o relatório enviado pela PF e, dependendo da avaliação do procurador-geral, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pode perder os benefícios da colaboração ou até voltar a ser preso. Mensagens recuperadas pela PF no celular de Cid indicam que ele atuou no monitoramento dos passos do ministro Alexandre de Moraes e, para a PF, esse era o passo inicial para o sequestro ou assassinato do ministro.
PT pede a Lira que arquive PL da anistia após plano golpista vir a público. O partido entregou um documento de solicitação de arquivamento do projeto que tenta livrar da cadeia os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. O partido citou o atentado a bomba no STF e a revelação de um plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes para justificar o pedido. A decisão sobre o arquivamento cabe a Arthur Lira; O pedido menciona que o PL da Anistia concederia perdão a "comandantes da trama golpista" e estimularia extremistas.
Militares aceitam exigências de Haddad e entram no ajuste fiscal. De acordo com a colunista do UOL Raquel Landim, os ministérios da Fazenda e da Defesa fecharam um acordo para fazer uma reforma na previdência dos militares e incluir as Forças Armadas no pacote de ajuste fiscal. Segundo a coluna, a Defesa aceitou as quatro exigências feitas pelo ministro da Fazenda: acabar com a morte ficta, que ocorre quando um oficial é expulso das Forças, mas sua família segue recebendo benefícios; encerrar a transferência de pensão para a viúva e extinguir o direito das filhas; instituir uma contribuição de 3,5% dos militares para os fundo de Previdência; e estabelecer uma idade mínima de aposentadoria de 55 anos.
Brasil e China firmam 37 acordos bilaterais. Em visita oficial a Brasília após a reunião do G20, o presidente chinês Xi Jinping e o presidente Lula assinaram acordos que incluem diversos setores da economia, do agronegócio ao audiovisual. Entre eles, a participação de capital chinês em obras do PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento), abertura de quatro mercados para produtos agropecuários brasileiros, para exportação de toneladas de café, além de iniciativas para estimular o desenvolvimento sustentável, desenvolvimento tecnológico e a indústria audiovisual. Leia mais.
Estudo mostra que 8 a cada 10 homens mortos por armas de fogo são negros. O relatório "Violência Armada e Racismo: o papel da arma de fogo na desigualdade racial" do Ministério da Saúde mostrou que homens negros têm três vezes mais chances de morrerem por disparos de armas de fogo do que os brancos. Em 10 anos, de 2012 a 2022, 79% das vítimas de homicídio do sexo masculino eram negras. O relatório aponta a desigualdade racial nos conflitos armados e mostra a região Nordeste como a mais violenta, com 57,9 mortes desse tipo por 100 mil homens. Segundo o estudo, os estados do Nordeste passaram por um aumento da violência na última década como resultado da expansão das facções criminosas e da violência armada para conquistar novos territórios. Veja todos os números.